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    Número de presos com COVID-19 aumenta 113% em menos de uma semana

    Em todo o país, 228 detentos testaram positivo para a doença

     
      Foto: Agência Brasil

    Daniel Motta e Vital Neto, da CNN, em São Paulo

    Em menos de uma semana o número de presos infectados pelo novo coronavírus no Brasil mais que dobrou, segundo dados do painel de monitoramento do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

    Até este sábado (2), 228 detentos testaram positivo para a COVID-19 — um aumento de 113% comparado aos dados divulgados na última quarta-feira (27), quando 107 presos haviam sido diagnosticados. Até o momento, dez presos morreram em decorrência da doença.

    DF tem 72% dos casos 

    Os dados também mostram que todas as mortes foram registradas em penitenciárias de estados da região Sudeste, das quais seis foram em São Paulo, três no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo. 
     

    O Distrito Federal teve o maior aumento e tem a maior quantidade de presos contaminados no país. Até este sábado, o DF registrou 165 casos entre detentos, um aumento de 129% em menos de uma semana.

    Em relação ao número de casos em todo o país, o Distrito Federal responde sozinho por 72,3% do total, segundo o monitoramento do Depen junto as penitenciárias estaduais. Apesar dos números, o DF ainda não registrou nenhuma morte. 

    A região sudeste tem 24 presos infectados, dos quais 11 estão no estado de São Paulo. O estado ainda registra 56 casos suspeitos.

    Na região norte, há 37 presos infectados pelo novo coronavírus. O estado de Roraima lidera, com 26 detentos com a doença, seguido pelo Pará com sete casos confirmados. O Amazonas tem dois casos. 

    Rebelião no AM 

    Rebelião na unidade prisional do Puraquepara, em Manaus
    Rebelião na unidade prisional do Puraquepara, em Manaus
    Foto: Seap-AM (2.mai.2020)

    Mesmo com poucos registros, o clima nas penitenciárias está sob tensão. Uma rebelião na unidade prisional do Puraquepara, em Manaus neste sábado durou mais de quatro horas. Os presos fizeram sete agentes penitenciários reféns e para controlar o motim, foram utilizadas as tropas especializadas do Grupo de Intervenção Penitenciário, Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas)  e do Comando de Operações Especiais.

    A Secretaria de Administração Penitenciaria informou que dez presos e sete agentes ficaram feridos.

    “Todos os reféns estão bem, alguns um pouco machucados”, disse o secretário coronel Marcos Vinícius. Segundo ele, o objetivo da rebelião era distrair os funcionários para uma fuga. “Eles estavam cavando um túnel, o que não estavam conseguindo fazer no dia a dia, distraindo a tropa para poder fugir”.