Número de indígenas em São Paulo cresceu 32,3% em doze anos, segundo dados do Censo
Censo 2022 também aponta que a maioria deles mora em regiões fora de território indígena
A população indígena no estado de São Paulo cresceu 32,3% em um intervalo de doze anos, segundo dados do Censo de 2022.
Na comparação com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, o aumento foi de 41,8 mil pessoas para 55.295 indígenas.
A análise foi feita pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), do governo paulista.
Comparação de SP com o Brasil
Em 2022, foram registradas 20 terras indígenas demarcadas. Esse número representa 3,32% do total do país. Já a população indígena paulista representa 3,27% da comunidade do Brasil.
Crescimento nas cidades
A capital paulista é a cidade com mais indígenas de São Paulo. São 19.777, o equivalente a 52,3% mais do que o registrado em 2010, de 12.987 pessoas.
Em seguida, está Guarulhos, com a comunidade indígena composta por 1.649 pessoas – 15% mais do que as 1.434 registradas do Censo de 2010.
O município que registrou o maior aumento foi São Francisco. A cidade, de menos de 3 mil habitantes, tinha 2 residentes indígenas – número que aumentou 3.800% e chegou a 78, segundo o Censo de 2022.
Fora de território
Ainda segundo o recorte feito pelo Seade, cerca de 93% da população indígena paulista mora fora do território indígena.
Em número bruto, 50.276 pessoas moram em outras regiões que não as terras demarcadas, chamados de indígenas não-aldeados — ou seja, não residentes do território atualmente.
A população residente dentro da demarcação das comunidades indígenas é de aproximadamente 7% – composta por 4.145 indígenas.