Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Número de calouros despenca nas faculdades privadas em 2021, aponta pesquisa

    Segundo entidade que representa o setor, queda foi maior no ensino presencial; em 2020, evasão de alunos disparou

    Movimentação de candidatos na Universidade Unip, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, no 1º dia de prova do Enem 2021
    Movimentação de candidatos na Universidade Unip, na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, no 1º dia de prova do Enem 2021 Foto: ROBERTO COSTA/Estadão Conteúdo (17/01/2021)

    Daniel Corrá, da CNN em São Paulo

    O número de novos estudantes em faculdades privadas no Brasil caiu em 2021. Os dados são uma projeção, em comparação com o ano passado, e foram divulgados nesta terça-feira (8) pelo Semesp (entidade que representa as mantenedoras de ensino superior).

    Segundo a entidade, a queda entre os ingressantes é mais acentuada nos cursos presenciais, com retração de 19,8% neste ano. Já para os cursos de Ensino à Distância (EAD), houve estabilidade, com pequena redução de 0,3% dos ingressantes. 

    Ao todo, universidades privadas contam com 3,6 milhões de matrículas em cursos — queda de 8,9% comparado com o ano passado. Já os cursos EAD alcançaram 2,7 milhões de matrículas, mantendo a expansão de anos anteriores e com alta de 9,8% ante 2020. 

    A projeção de captação de alunos mostra o retrato de um período com maiores efeitos da pandemia no país. Desde março do ano passado, universidades tiveram que adaptar aulas e priorizar o ensino remoto, como medida de enfrentamento à crise sanitária.

    Para Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp, há ainda dificuldade na captação de alunos de maneira geral no Ensino Superior. “Mais de 90% dos jovens vivem em situação de vulnerabilidade financeira. Não conseguem ingressar na faculdade pública, porque as vagas são poucas e também não conseguem ingressar na universidade privada, porque não têm condições financeiras para isso”, afirma.

    Capelato também avalia que, no futuro, o ensino híbrido deve ser tendência, num modelo que mistura características de aulas presenciais e remotas. “Cursos presenciais vão ter que se reinventar e se transformar digitalmente”, avalia o diretor-executivo da entidade.

    Evasão nas faculdades

    A pesquisa do Semesp ainda mostra que a evasão nas faculdades privadas disparou em 2020, chegando a maior proporção dos últimos anos. Nos cursos presenciais, 35,9% dos estudantes abandonaram a faculdade ao longo do ano. Nos cursos de EAD, a taxa de evasão chegou a 40%.

    “Mesmo no EAD, onde o aluno já era mais adaptado, também houve esse aumento porque o aluno sofreu com a pandemia. Ele teve impacto econômico e emocional também. Mas, sem dúvida, os mais prejudicados foram os alunos do ensino presencial”, afirma Capelato.

    Tópicos

    Tópicos