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    Novos gafanhotos no Rio Grande do Sul causam temor entre agricultores

    Técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura destacam que esses insetos não formam nuvens, tampouco se deslocam por grandes distâncias

    Bruna Ostermann, da CNN, em Porto Alegre

    Grupos grandes de gafanhotos foram identificados em três cidades do Noroeste do Rio Grande do Sul: Santo Augusto, São Valério do Sul e Bom Progresso. Diferentes daqueles, registrados na Argentina e no Paraguai, que ameaçaram entrar no território brasileiro entre junho e julho, técnicos da Secretaria Estadual de Agricultura destacam que esses insetos não formam nuvens, tampouco se deslocam por grandes distâncias. “São duas espécies aparentemente. Uma suspeita é a mesma de Misiones. Mas possivelmente não houve migração, são espécies de ocorrência na região”, explica Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal.

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    Ele se refere a outro grupo de gafanhotos da espécie tucura, identificado na província de Misiones, na Argentina, a cerca de 20km de distância da fronteira com a cidade de Porto Xavier, no estado gaúcho. Segundo o agrônomo da Secretaria Estadual de Agricultura, essas espécies de alimentam normalmente de mata nativa e vegetação espontânea. No entanto, se houver algum desequilíbrio, com número maior de insetos, eles podem se alimentar de lavoura. O maior receio é com as plantações de soja, onde já houve registros “bem iniciais, não a nível de dano pronunciado”, conclui o técnico.

    A esperança dos agricultores está na previsão de chuva e até temporais na região para as próximas horas e dias. “O calor e baixa precipitação favorecem a proliferação. Como é uma espécie de ocorrência natural, a precipitação tende a possibilitar a atuação de entomopatógenos, que controlam a população naturalmente. Há um prognóstico de chuva diminuição na temperatura, o que vai auxiliar em diminuir a infestação”, conta Felicetti.

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