Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    “No decorrer da noite provavelmente teremos mais mortos”, disse prefeito de São Sebastião (SP)

    Felipe Augusto disse que região sul da cidade está devastada e que 50 casas desabaram; equipes continuam buscas noite adentro

    Felipe Augusto (PSDB), prefeito de São Sebastião-SP
    Felipe Augusto (PSDB), prefeito de São Sebastião-SP Reprodução/CNN

    Elis Francoda CNN

    Em entrevista à CNN, Felipe Augusto (PSDB), prefeito de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, falou sobre os esforços das equipes que atuam na região sul do município, onde ficam os bairros de Juqueí e Barra do Sahy, que estão isolados pelos estragos causados pelas chuvas nas vias de acesso à localidade. Segundo ele, 50 casas desabaram na região. Até a tarde desde domingo (19), a cidade registrou 23 mortos. Há também uma morte em Ubatuba, na mesma região, também por causa das chuvas.

    “É uma tragédia. Os bairros estão isolados, estão lá trabalhando funcionários da Defesa Civil e voluntários. No decorrer da noite provavelmente teremos mais mortos [localizados]”, afirmou Augusto.

    De acordo com o prefeito, foram cerca de 600 mm de chuvas em vários pontos da cidade e 100% dos bairros sofreram estragos, com destaque para a região sul e o bairro de Topolândia, no centro.

    “Diversos trechos da rodovia não existem mais. Em funcão das condições não dá para acessar [Juqueí e Barra do Sahy] pelo mar, que está de ressaca, é muito perigoso. E não podemos chegar por terra, que n]ao há condições. Há a dificuldade para a navegação aérea, as equipes tiveram que achar ‘janelas’ no tempo para conseguir chegar ao local. Desconheço tamanha catástrofe vinda dos céus desse jeito”, disse o prefeito.

    Pandemia agravou ocupação

    Segundo Augusto, até antes da pandemia de Covid-19, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a cidade de São Sebastião tinha 92 mil habitantes e durante o período esse número saltou para 220 mil. Após os dois anos de restrições por conta do coronavírus, a cidade ficou com 150 mil moradores.

    “Esse fluxo atraiu mais gente de outros estados em busca de uma oportunidade melhor. Inclusive foram feitas ações com o Ministério Público, muitas pessoas foram retiradas de áreas de risco. Mas a cidade sofre com ocupações desordenadas por décadas.

    Identificação das vítimas

    O prefeito informou que equipes de peritos e profissionais de saúde foram reforçadas para a identificação dos mortos na tragédia. O Exército está fazendo o traslado desses corpos para a região central da cidade.

    “É um procedimento complexo e doloroso. E há outro fator triste porque as pessoas não conseguirão chegar a tempo dos enterros por causa da sitação das estradas. As equipes estão trabalhado  24 horas para tentar realizar o acesso à região sul, paa fazer um caminho na estrada”, explicou.