Necessidade imperiosa é regularização das empresas de transporte, diz Artesp
Tragédia na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho (SP-249), próximo a Taguaí, interior de São Paulo, deixou pelo menos 41 mortos
Em entrevista à CNN, o diretor-geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), Milton Persoli, responsável pela fiscalização da rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho (SP-249) – onde um acidente e entre um caminhão e um ônibus na manhã desta quarta-feira matou pelo menos 41 pessoas –afirmou que, agora, é de se colocar “como necessidade imperiosa a regularização das empresas” de transporte.
“Entrei em contato com o prefeito de Taguaí [Jair Carniato] e ele apontou que esse tipo de transporte é feito diariamente para a cidade. Tem uma série de empresas pequenas e médias da indústria têxtil que movimenta quase mil pessoas para executar esse trabalho”, disse.
Persoli diz que a Artesp se colocou à disposição para que, em um outro momento, fosse feita uma força-tarefa para o cadastramento de empresas de transporte para que haja regularização de cada uma delas.
De acordo com a Polícia Militar, o acidente ocorreu às 6h30 da manhã de hoje, e o veículo transportava funcionários da empresa do ônibus. A tragédia deixou pelo menos 41 mortos, segundo o Corpo de Bombeiros.
Assista e leia também:
Parte da carroceria do caminhão cortou ônibus ao meio, diz PM
‘É o pior acidente do ano em São Paulo’, diz tenente sobre tragédia em Taguaí
‘Força-tarefa espontânea apareceu para ajudar’, diz médico de Taquarituba (SP)
“Se elas forem clandestinas, que elas sejam aptas para serem regulares porque isso oferece um risco muito grande”.
“O papel da agência agora foi identificar a regularidade do veículo. Esse veículo consta registrado numa empresa chamada Star Turismo, que teve o seu contrato cancelado por uma série de irregularidades”, afirmou.
“E mesmo assim continuou operando numa clandestinidade. Ela foi interceptada no dia 3 de março de 2020 por nossa equipe de fiscalização na rodovia Raposo Tavares transportando 43 estudantes para outro veículo, o ônibus foi recolhido, mas depois pagou as taxas e conseguiu voltar a operar”, esclareceu Persoli.