Naufrágio no Pará deixa 11 pessoas mortas; 82 estavam a bordo
Barco não tinha autorização para realizar o transporte intermunicipal de passageiros
Uma embarcação com 82 pessoas naufragou na manhã desta quinta-feira (8) próximo à praia da Saudade, em Cotijuba, a 22 quilômetros de Belém (PA). De acordo com o porta-voz da Marinha do Brasil e o secretário de Segurança Pública do Estado, Ualame Machado, até o momento, 11 pessoas morreram no acidente, entre elas 9 mulheres, 1 homem e 1 criança recém-nascida. Sessenta e três passageiros que estavam a bordo foram resgatados com vida e encaminhados para hospitais e abrigos do governo do Pará para receberem atendimento psicossocial e também serem ouvidos pela Polícia Civil.
Ainda segundo as autoridades, 8 pessoas continuam desaparecidas na baia do Marajó. As buscam feitas pelas equipes de regaste da Marinha e Corpo de Bombeiros militar continuam no local da tragédia, que fica próximo da praia da Saudade na Ilha de Cotijuba, cerca de 1 hora de Belém.
O condutor da embarcação Dona Lurdes 2 foi identificado como Marcos de Souza Oliveira, até o momento ele não foi encontrado pela polícia. O barco clandestino tipo lancha pertence a mãe do condutor, Meire Ferreira de Sousa.
Inicialmente, a Secretaria de Segurança Pública do Pará havia divulgado que pelo menos 14 pessoas haviam falecido e outras 30 pessoas foram resgatadas. Entretanto, a informação sobre o número de óbitos foi corrigida pelo órgão estadual paraense durante coletiva nesta quinta-feira (8). Os passageiros da embarcação vieram dos municípios de Cachoeira do Arari e Salvaterra no arquipélago do Marajó, no Pará.
A SSP, Prefeitura de Belém, Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros atuam em conjunto no resgate. Um helicóptero e 9 embarcações estão empenhados. As vítimas estão sendo direcionadas para a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Cotijuba, para Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Icoaraci e para a UBS Marambaia.
A Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Estado do Estado do Pará (Arcon-PA) informou que já havia notificado a empresa responsável pela embarcação, que não tinha autorização para realizar o transporte intermunicipal de passageiros, e comunicado à Capitania dos Portos sobre a irregularidade do caso, que partiu de um porto clandestino na localidade de Camará, Marajó.
A Prefeitura de Salvaterra, município da Ilha de Marajó, declarou luto oficial de três dias pela tragédia e cancelou os eventos festivos em comemoração aos 105 anos do distrito de Condeixa, que iriam acontecer nesta quinta-feira (8).