Não acreditamos que possa haver retrocesso na reabertura em SP, diz Gabbardo
Coordenador do Centro de Contingência do estado disse à CNN estar confiante que capital paulista não voltará a fechar estabelecimentos
O coordenador do Centro de Contingência da Covid-19 de São Paulo, João Gabbardo, disse não acreditar que a cidade de São Paulo possa ter retrocesso na classificação da quarentena. Em entrevista à CNN, ele disse que as recomendações têm sido “criteriosas” e que os indicadores na capital são favoráveis.
“Mesmo que a gente [o Centro de Contingência] não acredite que possa haver retrocesso, o Plano São Paulo é muito claro. Caso ocorra uma indicação de que está crescendo o número de casos, um aumento no número de internações, na utilização dos leitos, é possível que tenha que se tomar medidas mais restritivas”, afirmou. “Estamos confiando que São Paulo, como está com os dados muito consolidados nessas últimas três semanas, possa avançar para a fase 4 com alguma segurança”.
Leia também:
SP já transfere pacientes com Covid-19 do interior para a capital
Proposto pelo governo do estado, o Plano São Paulo classifica regiões do estado em cinco fases, de acordo com os indicadores da evolução da doença. A primeira é a mais restritiva e a quinta, a que possibilita a retomada total.
Na sexta-feira (3), o governador João Doria (PSDB) anunciou a antecipação da reabertura de cinemas, teatros e academias. Esses estabelecimentos poderão reabrir em regiões que estejam na fase 3 —a atual classificação da capital— por 28 dias. Antes, só poderiam voltar a funcionar na fase 4.
Para Gabbardo, não houve antecipação. “Como os indicadores de São Paulo têm sido muito favoráveis nesse sentido, houve a possibilidade de abrirmos mais essas áreas com responsabilidade e segurança”, disse. “Todos os indicadores são favoráveis, a redução na [ocupação] de leitos é importante, chegou-se a fechar hospital de campanha porque não havia mais utilização daqueles leitos. Acredito que São Paulo está fazendo com muito critério e segurança”.
Ao ser questionado se o aumento no número de casos no interior do estado poderia mudar esses planos, ele disse que a situação atual está dentro do esperado. “O Centro de Contingência avaliava que como a pandemia começou antes na região metropolitana, chegou ao platô e começou a descer antes do interior. Está tudo dentro do que planejamos”, declarou.
(Edição: Bernardo Barbosa)
