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    Naja que picou estudante no DF será transferida para o Butantan, em São Paulo

    Cobra tem que ficar em local onde há soro contra a picada, segundo determinação do Ibama

    A cobra naja que picou um estudante de veterinária do Distrito Federal será transferida nesta quarta-feira (12) de Brasília para São Paulo, onde ficará no Instituto Butantan. No mesmo transporte irão também cinco corn snakes e uma víbora.

    A mudança acontece porque a cobra não é nativa do Cerrado e, de acordo com a legislação do Ibama, espécies venenosas têm que ficar onde há soro contra a picada delas, e o Zoológico de Brasília teria dificuldades em realizar uma produção do antídoto.

    “Temos o antídoto aqui no Distrito Federal, a Secretaria de Saúde tem esse soro pra naja à nossa disposição. Mas estamos fazendo este manejo devido à falta de fabricação em território nacional. E isso dificulta ao Zoológico de Brasília como instituição pública para fazer parcerias para realizar aquisição de [mais] soro”, explicou Carlos Eduardo Nóbrega, diretor de répteis do zoológico. 

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    Habeas corpus

    Cobra naja que picou estudante no DF foi levada para o Zoológico de Brasília

    Cobra naja que picou estudante no Distrito Federal foi levada para o Zoológico de Brasília
    Foto: Ivan Mattos -10.jul.2020/ Zoológico de Brasília

    O Tribunal de Justiça do Distrito Federal concedeu no fim de julho o habeas corpus ao estudante de veterinária Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, que foi picado pela cobra que ele criava ilegalmente. Ele foi preso no último dia 29, em Brasília.

    As investigações apontaram que o estudante estaria envolvido em uma “associação criminosa responsável, entre outras condutas criminosas, pela destruição das provas relacionadas aos crimes ambientais apurados pela Autoridade Policial”.

    A decisão de soltar Lehmkul aconteceu após pedido do advogado do estudante, que alegou que o jovem está colaborando com as investigações, argumento que a Justiça acatou.

    Lehmkul prestou depoimento de três horas ao delegado William Ricardo encarregado do caso na 14ª DP, no Gama. Segundo Ricardo, o depoimento foi bastante esclarecedor.

    Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul foi multado em R$ 62 mil e é investigado por suspeita de tráfico internacional de animais exóticos e nativos, maus tratos e criação ilegal em cativeiro. A mãe e o pai dele também foram multados, em R$ 8,5 mil cada, assim como Gabriel Ribeiro de Moura, amigo de Lehmkul.

    (Edição: André Rigue)

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