Museu Nacional: Vale fecha acordo de R$ 50 milhões para reconstrução
Auxílio está previsto em um projeto que conta com uma parceria entre a empresa, a Unesco e a UFRJ
A mineradora Vale fechou um acordo com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para o aporte de R$ 50 milhões para ajudar na reconstrução do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. O local foi destruído por um incêndio de grandes proporções em 2018. As negociações começaram em agosto de 2019.
O auxílio, que será feito através da Fundação Vale, está previsto em um projeto que conta com a parceria entre a empresa, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a UFRJ.
Para a execução do acordo, foi determinada uma estrutura de governança, incluindo a criação de um comitê executivo com a participação das três instituições e um membro independente para assegurar a execução eficiente, transparente e responsável dos recursos.
Destino do aporte
Em um primeiro momento, de acordo com a UFRJ, a Vale destinará R$ 13,8 milhões para projetos de arquitetura, conteúdo e museografia, certificação de sustentabilidade ambiental, e outras ações, como obras de recuperação de bens e atividades educativas.
“Vencida esta etapa, poderemos avançar com a apresentação dos projetos nos mecanismos de incentivo fiscal à cultura e na captação de recursos privados incentivados para a reconstrução”, disse, em nota, o diretor-presidente da Fundação Vale, Hugo Barreto.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ João Ferraz ressaltou que o auxílio da Fundação Vale entrará quando necessário, já que são recursos de “bastante flexibilidade”. “São os projetos que vão demandar os recursos e não o contrário”, afirmou Ferraz, membro suplente do Comitê Executivo do Projeto Museu Nacional Vive UFRJ.
Segundo o professor, além da verba da Vale, o museu contará ainda com recursos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), do Ministério da Educação (MEC) e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Em 2018, o Museu Nacional foi destruído por um incêndio causado por um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado. O fogo se alastrou rapidamente e destruiu grande parte do acervo, que contava com peças nacionais e internacionais.
A previsão é que as obras da fachada estejam prontas em 2022, e a reconstrução plena do museu, em 2025.