MPF notifica Inea para realizar nova vistoria em resort onde girafas foram apreendidas
Órgão deve avaliar condições de saúde, acomodação e circunstâncias de importação dos animais após a morte de três girafas
O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea) para que seja realizada uma nova vistoria no resort, no Rio de Janeiro, onde 15 girafas foram apreendidas em janeiro deste ano.
O órgão ambiental deve verificar, com urgência, as atuais condições de saúde, acomodação e bem-estar geral dos animais.
Também será preciso esclarecer as circunstâncias da importação das 18 girafas da África do Sul e os possíveis maus tratos aos animais que podem ter ocasionado a morte de três deles.
Inicialmente, 18 girafas chegaram ao resort em novembro de 2021. Três delas morreram após fugirem do local, em Mangaratiba, na Costa Verde do estado do Rio de Janeiro.
As demais permaneceram confinadas em baias de 30 metros quadrados até serem apreendidas em janeiro deste ano em uma operação da Polícia Federal (PF) e dos fiscais do Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). Na ocasião, dois homens foram presos no local.
A Justiça determinou que o RioZoo, na capital fluminense, construísse um novo abrigo para as 15 girafas. Em fevereiro, os animais foram conduzidos para essa área, que já foi finalizada.
Na época, o parecer técnico do Ibama constatou que a morte das três girafas “é a consequência trágica de uma série de erros processuais”, em que os agentes responsáveis pela autorização da importação “não atuaram de forma a preservar o maior interesse público e ambiental”.
Especialistas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) apontaram, em Relatório Técnico Parcial elaborado por Comissão Técnica, algumas inadequações a serem corrigidas e sugeriram que a empresa prestasse esclarecimentos.