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    MPF faz novo pedido de prisão dos 3 PRFs suspeitos pela morte da menina Heloísa

    O órgão alega que, soltos, policiais representam grave perigo às investigações

    Pedro PupulimCleber Rodriguesda CNN

    São Paulo e Rio de Janeiro

    O Ministério Público Federal (MPF) fez, na segunda-feira (25), um novo pedido de prisão preventiva dos três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) suspeitos de envolvimento na morte da menina Heloísa dos Santos Silva, de três anos.

    Em pedido dirigido à 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, a Procuradoria alegou que os agentes podem oferecer perigo às investigações se estiverem soltos.

    Primeiro pedido negado

    No dia 18 deste mês, a Justiça Federal negou o pedido de prisão dos policiais suspeitos Fabiano Menacho Ferreira, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva por entender que não havia, naquele momento, indícios ou provas de que eles estariam interferindo nas investigações.

    Contudo, o MPF argumentou no pedido mais recente que, para que seja determinada a prisão preventiva dos suspeitos, não há a necessidade de comprovação de que eles estejam de fato realizando interferências.

    Segundo o órgão, basta que haja perigo, ou seja, potencial de que isso venha a acontecer, elemento que entende estar presente no caso.

    Ida a hospital justificaria

    De acordo com o MPF, portanto, a prisão preventiva dos suspeitos se justifica pelo fato de outros agentes da PRF terem ido ao hospital em que Heloísa foi internada logo após o incidente acontecido no dia 7 deste mês, conforme noticiado pela CNN, o que demonstra “corporativismo intimidatório”.

    Além disso, os suspeitos são policiais com treinamento sofisticado e possuem conhecimentos de inteligência policial, detalhe relevante sobretudo nesse caso em que as principais testemunhas (os familiares da vítima) são de conhecimento público.

    VÍDEO – Família afirma que 28 policiais vasculharam carro no dia em que Heloísa foi baleada

    Baleada na cabeça

    Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, morreu no dia 16 deste mês no Hospital Adão Pereira Nunes, no Rio de Janeiro, depois de ser baleada na cabeça nove dias antes por um agente da PRF enquanto estava dentro do carro da família no Arco Metropolitano, em Seropédica, na Baixada Fluminense.

    A família voltava de carro para Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro.

    Pai de Heloísa, Willian da Silva afirmou que dirigia o veículo no momento do ocorrido e que o carro já estava sendo seguido por uma viatura da polícia. Quando Willian estava quase estacionando, os policiais teriam começado a disparar contra o carro, atingindo a menina na cabeça.

    Na última sexta-feira (22), a Justiça autorizou a perícia nas armas dos policiais suspeitos, no veículo da família e na viatura da PRF.

    O MPF e a Corregedoria-Geral da PRF também estão investigando a presença dos 28 agentes da corporação que foram ao hospital em que Heloísa foi internada após o incidente. O objetivo é compreender o motivo da presença dos agentes no estabelecimento.

    A PRF informou que colabora com as investigações do MPF e que a Corregedoria do órgão abriu um procedimento para apurar possíveis desvios de conduta dos suspeitos.