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    MPF dá dez dias para polícias do RJ responderem sobre operações em comunidades

    Procuradoria abriu um procedimento investigatório criminal para apurar se o governo do estado tem descumprido as restrições impostas pelo STF

    Operação da Polícia Civil no Jacarezinho resultou em 28 mortes (06.mai.2021)
    Operação da Polícia Civil no Jacarezinho resultou em 28 mortes (06.mai.2021) Foto: Reprodução / CNN

    Pauline Almeida, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Ministério Público Federal (MPF) deu um prazo de dez dias para que as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro apresentem informações sobre as operações realizadas em comunidades.

    A Procuradoria abriu um procedimento investigatório criminal para apurar se o governo do estado tem descumprido as restrições impostas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que limita ações policiais durante a pandemia de Covid-19. 

    “Dando início às investigações, requisitamos documentos ao secretário de Polícia Civil [Allan Turnowski], tais como ordens de missão, relatórios de missão, nomes dos policiais que participaram relativos a quaisquer operações realizadas em comunidades, mas especialmente no Jacarezinho”, informou à CNN o procurador Eduardo Benones. O mesmo pedido foi feito ao secretário de Polícia Militar, Rogério Figueiredo de Lacerda.

    Em maio, a operação realizada pela Polícia Civil na comunidade do Jacarezinho, na zona norte da capital fluminense, teve 28 mortes, a mais letal na história do estado.

    Já no último dia 21 de junho, o STF iniciou o julgamento de um recurso da ação que debate a letalidade policial no Rio de Janeiro. A votação foi suspensa pelo pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes.

    Em seu voto, Edson Fachin defendeu que o governo do Estado crie um plano para reduzir o número de mortes e controle “violações de direitos humanos pelas forças de segurança”.

    Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que o Rio de Janeiro lidera o ranking de óbitos em intervenções policiais em 2020. Foram 775 vítimas, quase 80% delas pretas ou pardas.

    Também partiu do ministro o pedido de investigação pelo MPF, que está sob a responsabilidade do procurador Eduardo Benones. Ele aguarda as respostas das polícias Civil e Militar para avaliar a necessidade de novas diligências.  A CNN fez contato com as corporações e aguarda um posicionamento.