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    MP-RJ pede à Justiça para que Monique Medeiros volte à prisão

    Ré no processo que apura a morte do garoto Henry Borel, ela deixou a cadeia na segunda (29) após decisão de ministro do STJ

    Monique Medeiros durante audiência do caso de Henry Borel, seu filho, morto aos 4 anos em 2021
    Monique Medeiros durante audiência do caso de Henry Borel, seu filho, morto aos 4 anos em 2021 Foto: PAULO CARNEIRO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Pauline AlmeidaFábio Munhozda CNN

    O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) entrou com recurso na última terça-feira (30) para que a Justiça restabeleça a prisão de Monique Medeiros, ré no processo que apura a morte do filho dela, Henry Borel, ocorrida em março do ano passado.

    Monique deixou a prisão em que estava, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (29), após decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que, na sexta-feira (26), havia revogado a prisão preventiva dela. Além de Monique, o ex-marido dela, Jairo Souza Santos Júnior, o ex-vereador Doutor Jairinho, também é réu no processo.

    Ao revogar a prisão preventiva, o ministro do STJ afirmou que a decisão asseguraria “direito [de Monique] de responder o processo em liberdade, sem prejuízo de nova decretação de medida cautelar de natureza pessoal com lastro em motivos contemporâneos”.

    No recurso protocolado pelo MP, é destacado o fato de que “o ministro entendeu por bem em conceder a ordem de ofício, para revogar a prisão preventiva de Monique, sem sequer impor outras medidas cautelares”. “Determinadas condutas antissociais não podem ser permitidas, quando transgridem a ordem pública, fazendo-se mister a custódia cautelar, o que ocorre no presente caso””, manifestou-se a Promotoria.

    Ainda segundo o recurso, Monique teria coagido testemunhas do caso. “Para afastar a sua nefasta influência sobre as testemunhas a serem ouvidas em Juízo (sessão plenária do Tribunal do Júri), é imprescindível a prisão preventiva da paciente.”

    “Lembremos que estamos diante de procedimento bifásico do Júri, o que indica que as testemunhas serão inquiridas em plenário, o que justifica a manutenção da custódia cautelar. Nesse sentido, apontando que a prisão preventiva é cabível por conveniência da instrução criminal até a realização de sessão plenária do Tribunal do Júri”, acrescenta o MP no recurso.

    Procurada pela CNN, a defesa de Monique afirmou que só se pronunciará após ter conhecimento do recurso apresentado pelo MP.