MP-RJ cria força-tarefa para concluir investigação sobre morte de Marielle
Ex-coordenadora do Gaeco, promotora Simone Sibillio conduzirá os trabalhos
Depois de ter anunciado, nesta quinta-feira (4), o fim do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc), o Ministério Público do Rio de Janeiro criou uma força-tarefa específica para concluir a investigação que procura responder quem mandou matar a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. A coordenadora será a promotora Simone Sibilio.
A promotora escolhida fazia parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), mas deixou a unidade, na qual já conduzia o inquérito sobre a morte de Marielle e Anderson, por causa da redução da equipe de trabalho.
Durante a entrevista, o procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, empossado este ano, afirmou ter convidado a promotora para ser coordenadora do Gaeco. São cerca de 15 procedimentos de investigação relacionados ao principal, que apura os mandantes da execução.
“Eu a convidei. Por razões que não vou citar aqui, ela não aceitou. Mas aceitou ser coordenadora dessa força-tarefa. E, assim, eu convidei o promotor Bruno Gangoni, que era subcoordenador do antigo Gaeco para a função, e ele aceitou”, explicou.
Na força-tarefa, Simone Sibilio terá o suporte da promotora Letícia Emile. Os demais membros da equipe serão anunciados nos próximos dias pelo MP-RJ.
O procurador Luciano Mattos destacou ainda que fez contato com o secretário estadual de Polícia Civil, Alan Turnowski, e os dois conversaram sobre um esforço conjunto para buscar o desfecho do caso.
“Ele me adiantou que o delegado Moisés, da Delegacia de Homicídios, se dedicará exclusivamente à conclusão das investigações”, afirmou.