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    MP investigará enfermeira que questionou eficácia da Coronavac após ser vacinada

    Enfermeira gravou novo vídeo em que pede desculpas a quem se sentiu ofendido

    Raphael Coraccini, colaboração para a CNN Brasil

     

    O Ministério Público do Espírito Santo (MP-ES) vai apurar a conduta de uma enfermeira que gravou um vídeo contestando a eficácia da Coronavac depois de ter recebido o imunizante. A profissional foi demitida da Santa Casa de Misericórdia de Vitória logo depois da publicação do vídeo.

    “Tomei porque quero viajar, não para me sentir mais segura. Porque uma vacina que dá 50% de segurança, para mim, não é vacina. Eu tomei foi água”, publicou Nathanna Faria Barbosa Ceschim em sua conta no Instagram na última sexta-feira (22). 

    A Santa Casa se manifestou, em nota, depois da demissão dizendo que mantém “a postura clara e irrestrita com relação à importância da vacina como única solução possível para conter avanço dos novos casos de coronavírus”.

    Apesar de a demissão estar relacionada aos questionamentos sobre a vacina, o Ministério Público cita outros motivos para instaurar o procedimento contra a enfermeira. Segundo o MP-ES, o processo vai apurar se houve “irregularidades na conduta de profissional de saúde quanto ao não uso de equipamentos de proteção individual” no exercício de suas funções na unidade.

     

    No vídeo que rendeu a demissão, a enfemeira aparece em um quarto e aparentemente sozinha. Ela ainda questionou o fato de o imunizante ter sido desenvolvido na China — país que “lançou essa doença no mundo”, nas palavras da enfermeira. “E ela mesma cria um remédio para essa doença. Estranho, né?”, indagou Ceschim.

    Em seu site, o Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) afirma que vai investigar a conduta da enfermeira com base no vídeo publicado e que, “caso seja confirmada a infração, irá avaliar se houve ou não infração ética”. A punição pode ser a cassação do registro para exercício da enfermagem.

    Em novo vídeo, divulgado após a demissão, ela diz que não estava no hospital quando gravou, não fez campanha contra a vacina, não cometeu qualquer crime ou zombou das vítimas da Covid-19 e pediu desculpas a quem se sentiu ofendido.

    “Foi um vídeo totalmente caseiro, estava na minha casa, sem roupa de trabalho, não envolvi ninguém, nenhuma instituição. Eu apenas exerci meu direito como cidadã de expressar minha opinião, a famosa liberdade de expressão”. Procurada, a enfermeira não retornou aos pedidos de entrevista até a publicação desta notícia.

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