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    MP faz investigação independente de mortes no Jacarezinho

    Perícia do MP-RJ acompanha nesta sexta-feira (7) o trabalho de identificação dos mortos

    Thayana Araujo, da CNN, no Rio de Janeiro

    O Ministério Público do Rio de Janeiro iniciou uma investigação independente para apurar as mortes que ocorreram durante a operação no Jacarezinho, na Zona Norte do RJ. Um especialista médico acompanha nesta sexta-feira (07) a perícia nas dependências internas do Instituto Médico Legal.

    De acordo com o órgão, o objetivo da perícia é registrar em imagens, o que for importante para a investigação. Os trabalhos são conduzidos pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo Rio de Janeiro.

    Venho ressaltar a necessidade e importância da descrição precisa dos orifícios de entrada e saída de PAF e demais lesões apresentadas nos 25 cadáveres examinados para exame de necropsia por conta da realização da chamada Operação Exceptis, de modo a permitir avaliação das circunstâncias em que os ferimentos foram produzidos.

    Trecho do ofício do MPRJ encaminhado à direção do IML

    O MP informou que adotou todas as medidas para verificação das circunstâncias em que as mortes ocorreram, desde o conhecimento das primeiras notícias referentes à operação. Uma equipe formada por promotores de justiça dos Grupos Temático Temporário, de Operações Policiais, da Coordenadoria-Geral de Segurança Pública e a Coordenadoria de Segurança e Inteligência estiveram na comunidade do Jacarezinho para colher depoimentos de moradores e possíveis testemunhas.

    As denúncias podem ser feitas sob o mais absoluto sigilo e o MPRJ reiterou a disponibilidade de um serviço de Plantão Permanente, 24 horas por dia, para apresentação de informações que levem os promotores a fatos ainda desconhecidos do que aconteceu na operação que resultou em 25 mortes no RJ em menos de 10 horas.

    Diversas famílias dos mortos na operação estão no IML do RJ. Uma das vítimas, o policial civil André Frias, da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), foi enterrado às 15h30 no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste da capital. Manifestações estão previstas para os próximos dias com críticas à atuação da polícia na comunidade. A Polícia Civil não vai se manifestar sobre a investigação independente do Ministério Público.

    Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro deixou ao menos 25 mortos.
    Operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro deixou ao menos 25 mortos.
    Foto: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo