Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    MP denuncia delegados do DF investigados por grampos ilegais contra mulheres

    Um dos denunciados é o ex-diretor-geral da Polícia Civil do DF Robson Cândido; Thiago Peralva também foi denunciado por ajudar Cândido

    Elijonas Maiada CNN , Brasília

    O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou o ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido e o delegado Thiago Peralva por crimes como stalking (perseguição), ameaça e grampo ilegal.

    A confirmação da denúncia foi feita pelo Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (NCAP) à CNN.

    Os promotores concluíram que Cândido, delegado aposentado, usou sistemas restritos da Polícia Civil para perseguir uma mulher com quem teve um relacionamento extraconjugal. Peralva, então chefe de uma delegacia em Ceilândia (DF), foi acusado de inserir os dados da vítima no sistema de monitoramento ilegalmente.

    “[Os dois] também utilizaram-se de bens pertencentes à Polícia Civil, como viaturas descaracterizadas, celulares corporativos, carros oficiais e celulares de outros delegados da Direção-Geral da PCDF para a prática de delitos contra mulher em situação de violência doméstica”, diz um trecho da denúncia.

    Nas investigações, os promotores afirmaram que Robson Cândido teria mantido o grampo mesmo após deixar o cargo máximo da corporação, em 2 de outubro.

    Além disso, o MPDFT diz que há evidências de que o ex-diretor-geral, enquanto estava no cargo, perseguiu a vítima e a surpreendeu na rua e em locais frequentados por ela em diversas ocasiões.

    Com essa denúncia relatada à Justiça do DF, o processo passa a correr na esfera judicial. O Tribunal de Justiça define se aceita a denúncia e eles viram réus ou se não aceita.

    Prisão

    Há duas semanas, uma operação do NCAP com o Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu Robson Cândido e cumpriu mandado de busca na casa de Thiago Peralva e na 19 delegacia, que ele chefiava. A unidade é apontada como local onde os grampos ilegais foram feitos.

    A Justiça determinou que ele fosse afastado do cargo e usasse tornozeleira eletrônica por 90 dias.

    A CNN procurou a defesa do ex-diretor, mas não conseguiu retorno. O advogado de Peralva não foi encontrado.

    Tópicos