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    MP de SP ouve advogada que representa médicos que acusam a Prevent Senior

    Advogada Bruna Morato falou por mais de cinco horas para a força-tarefa do Ministério Público

    Fachada de hospital da Prevent Senior
    Fachada de hospital da Prevent Senior Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo

    Everton Souzada CNN em São Paulo

    A força-tarefa criminal do Ministério Público de São Paulo, que investiga possíveis irregularidades praticadas pela empresa Prevent Senior ouviu nesta terça-feira (26) a advogada Bruna Morato por mais de cinco horas. Ela representa os médicos que elaboraram um dossiê denunciando as práticas da operadora de saúde.

    Bruna prestou depoimento de na CPI da Pandemia em Brasília e também na CPI da Prevent Senior na Câmara Municipal de São Paulo. Ela reafirmou que a operadora fez pesquisa com nanopartículas sem autorização utilizando remédios indicados para artrite reumatóide e em quimioterapias.

    Ela citou ainda o uso de células-tronco em tratamento nos pulmões e falou sobre a compra por parte da Prevent Senior, em abril de 2021, de 21.400 comprimidos de flutamida, utilizada no tratamento de câncer de próstata. No mês anterior, foram 200 comprimidos.

    “Todos os pontos da denúncia foram contextualizados com os documentos adequados, desde a parte relacionada a pesquisa até a parte de utilização de EPI. Eu trouxe também uma série de relatos de ex-profissionais que trabalhavam na rede e pacientes que nos procuraram” disse.

    A advogada detalhou aos promotores uma prática, onde, segundo ela, um mesmo modelo de receita era aplicado aos pacientes.

    “Eles levavam aquela receita pronta do médico Rafael de Souza – diretor de telemedicina, segundo as investigações -, eles fizeram mais perguntas a respeito desse caso, eu apresentei esses indícios, essa receita pronta de mais de um paciente que alega não ter sido atendido por esse médico”, disse.

    Os promotores também se reuniram com representantes da Associação Paulista de Medicina. Os médicos da Associação Paulista de Medicina  (APM) já tinham ajudado a promotoria de saúde a elaborar o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta, assinado no fim da semana passada. A empresa se comprometeu a não usar medicamentos do chamado ‘Kit Covid’, sem eficácia contra a doença, no tratamento da Covid-19.

    A Associação vai ajudar a força-tarefa a analisar documentos, fichas médicas prontuários e certidões de óbitos. A reunião de hoje foi para discutir como será feita essa perícia técnica. Os profissionais vão analisar se houve erro nas prescrições dos pacientes e se os documentos foram ou não modificados.

    Prevent Senior

    Em nota a Prevent Senior disse que tem total confiança que as investigações técnicas do Ministério Público vão restabelecer a verdade dos fatos. A advogada Bruna Morato será responsabilizada pelas acusações fantasiosas que levou à CPI da Pandemia e que sequer foram investigadas pelos senadores.