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    Motorista de aplicativo acusa pai do deputado Carlos Jordy de assédio sexual

    Defesa nega ter havido abuso e diz que acusação foi motivada por questões políticas

    Isabelle Salemeda CNN

    Em São Paulo

    Uma motorista de aplicativo acusou o pai do deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), Carlos Roberto Coelho de Mattos, de 73 anos, de assédio sexual.

    Segundo o relato feito à polícia na última quarta-feira (31), a motorista buscou o passageiro em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, e o levaria até Botafogo, na zona sul da capital fluminense.

    De acordo com o registro de ocorrência, os dois conversaram normalmente até o bairro de destino. Mas antes do fim da corrida, segundo a motorista, o idoso teria tocado nos seios da mulher, de 46 anos.

    A motorista, então, teria pedido para o passageiro descer do veículo. Populares acionaram a Polícia Militar, que levou os envolvidos à delegacia.  

    Segundo a Polícia Civil, motorista e passageiro foram ouvidos na delegacia de Botafogo. O idoso disse que só iria prestar depoimento com o advogado e, após ser ouvido, e foi liberado.

    De acordo com o delegado Alan Luxardo, não havia elementos que embasassem a prisão, uma vez que não havia provas, apenas indícios do abuso. Os investigadores estão em busca de testemunhas e mais informações para esclarecer os fatos.  

    O advogado de Carlos Roberto, Renato Gomes dos Santos, disse à CNN que a acusação é maldosa e promovida por questões políticas e que tomará as providências de praxe para provar a inocência do cliente.

    Em nota, a defesa informou que durante o trajeto de Niterói até a zona sul do Rio, o idoso teve um dialogo amistoso com a motorista. No entanto, em determinado momento, Carlos Roberto teria feito um comentário que teria demonstrado um posicionamento político divergente do da moça, o que, segundo ele, teria causado a discussão.  

    “A condutora, mesmo sendo informada do desconforto do idoso, prosseguiu impetuosamente com o ultraje desmedido, dizendo: “sua corrida termina aqui! Desça do meu carro agora!”. Ao descer do automóvel, […] a motorista do aplicativo, não satisfeita, sem considerar a idade deste senhor de 73 anos, desceu em seguida e iniciou acusações espúrias e artificiosas de que o Sr. Carlos havia lhe constrangido sexualmente, gritando publicamente”, afirma, em nota, o advogado.