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    Morre Sergio Paulo Rouanet, diplomata e criador da Lei de Incentivo à Cultura

    Rouanet também ocupou o cargo de ministro da Cultura entre 1991 e 1992

    Pedro Zanattada CNN

    em São Paulo

    O Acadêmico e diplomata Sergio Paulo Rouanet morreu, na manhã deste domingo (3), aos 88 anos, no Rio de Janeiro. Rouanet foi o criador da Lei de Incentivo à Cultura no Brasil e lutava contra a doença de parkinson.

    Rouanet destacou-se na carreira pública como cônsul na Alemanha e, como Ministro da Cultura. O diplomata ocupava a cadeira nº 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL), eleito em 23 de abril de 1992.

    “Sérgio Rouanet é exemplo de intelectual público, que colocou sua competência a serviço da cultura brasileira, sem abdicar dos valores éticos”, afirmou o presidente da ABL, Merval Pereira.

    O perfil oficial do Instituto Rouanet publicou uma nota de pesar pela morte do intelectual.

    “É com muito pesar e muita tristeza que informamos o falecimento do Embaixador e intelectual Sergio Paulo Rouanet, hoje pela manhã do dia 3 de julho. Rouanet batalhava contra o Parkinson’s, mas se dedicou até o final da vida à defesa da cultura, da liberdade de expressão, da razão, e dos direitos humanos”, diz o texto.

    De acordo com a assessoria de imprensa da ABL, o corpo de Sérgio Paulo Rouanet será velado na próxima terça-feira (5), a partir das 14h, na capela A Premium do Crematório São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro. Após a cerimônia, segue para cremação.

    Trajetória

    Sergio Paulo Rouanet nasceu no Rio de Janeiro, no dia 23 de fevereiro de 1934. Foi um diplomata, filósofo, antropólogo, professor universitário, tradutor e ensaísta brasileiro.

    Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC-Rio (1955), Pós-Graduação em Economia, na Universidade George Washington (1960-1964), em Ciências Políticas, na Georgetown University, em Washington (1960-64), em Filosofia, na New York School for Social Research, em Nova York (1960-64) e Doutorado em Ciência Política, na USP (1980).

    Possuía curso de Preparação à Carreira de Diplomata no Instituto Rio Branco, no Rio de Janeiro (1955). Foi responsável pela criação da lei brasileira de incentivos fiscais à cultura, em dezembro de 1991.

    Além disso, foi Secretário de Cultura da Presidência da República (1991-92), Assistente do Secretário Geral de Relações Exteriores (1957-58), Assistente do Chefe da Divisão de Produtos de Base, (1966-67), Chefe da Divisão de Política Comercial, (1974-76,) Chefe do Departamento da Ásia e Oceania, (1983-86).

    Fez parte da Embaixada do Brasil em Washington, como Terceiro Secretário (1959-61) e como Segundo Secretário (1961-62). Integrou também a Delegação do Brasil em Genebra, como Primeiro Secretário (1967-68) e fez parte do Consulado Geral do Brasil em Berlim, como Cônsul Geral (1993-1996).