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    Moradores de São Paulo transformam áreas urbanas em florestas

    Plantação autônoma de árvores em regiões da metrópole gerou até mesmo um novo santuário para espécies acidentadas

    Márcio Gomesda CNN , em São Paulo

    Há muitas pessoas se dedicando à preservação da natureza com a transformação de áreas urbanas em florestas, como o gerente comercial Hélio da Silva e o advogado Jayme Vita Roso.

    Helio cresceu vendo uma área na zona leste da cidade de São Paulo sem árvores. De acordo com ele, o local já foi estacionamento, lixão e até ponto de venda de drogas.

    Em 2003, ele colocou como objetivo que conseguiria uma transformação e começou com 200 mudas. “Três meses depois, destruíram”, disse Silva à CNN.

    Mas, pela resistência, Helio venceu.

    Apesar da adversidade, ele afirmou que continuou focado na plantação: o gerente comercial já plantou mais de 34 mil árvores em um parque da capital.

    “A meta é 50 mil, mas eu vou plantar árvores até o último dia da minha vida”, declarou. “Eu não vou morrer, vou virar árvore”, brinca.

    Já o esforço de Roso aconteceu no extremo sul da capital paulista. O advogado, de 87 anos, comprou o terreno na década 1960 como investimento. Mas a cada viagem que Jaime fazia, ele trazia sementes para plantar.

    Em pouco mais de 50 anos, surgiu uma floresta de 850 mil metros quadrados. Com lagos e tanto verde, o sítio recebeu o título de “reserva particular de patrimônio natural”, um certificado federal de reconhecimento da preservação e diversidade biológica.

    No entanto, a reserva ultrapassa a questão das plantas: o sítio também recebe animais em risco de extinção levados pela Prefeitura de São Paulo e encontram ali um santuário.

    “Meu pai ajudou muito plantando muitas árvores, mas os animais fizeram muito da parte deles. Eles estão comendo frutas, trazendo outras árvores e ajudando nesse reflorestamento”, diz a filha de Jayme, Ana Roso.

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