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    Morador relata dificuldades após casa ser inundada em Lajeado (RS)

    Professor Bruno Cavalheiro conta que precisou abandonar imóvel e se abrigar em sala de aula após enchentes no estado

    Da CNN

    O professor de História e Geografia Bruno Cavalheiro, morador de Lajeado, no Rio Grande do Sul, relatou as dificuldades enfrentadas após ter sua casa inundada pelas fortes chuvas que atingiram o estado.

    Em entrevista à CNN, na manhã desta sexta-feira (10), Cavalheiro contou que precisou retirar seus móveis e abandonar o imóvel com a ajuda de familiares e amigos, enquanto a água invadia sua residência.

    Casa de Bruno Cavalheiro, morador de Lajeado, tomada pela água / Reprodução
    Casa de Bruno Cavalheiro, morador de Lajeado, depois que a água abaixou / Reprodução

    Segundo o professor, a situação na cidade e na região como um todo está muito difícil. Ele descreveu um “cenário de caos e desespero”, com muitas famílias pobres enfrentando grandes dificuldades e abrigos lotados.

    “Infelizmente, as famílias mais pobres são aquelas que acabam tendo as maiores dificuldades. Os abrigos aqui em Lajeado estão super lotados”, lamentou.

    Falta de planejamento e informações:

    Cavalheiro também criticou a falta de planejamento e informações sobre as cotas de inundação na região. Segundo ele, durante a crise, as pessoas não sabiam onde ficavam as cotas de 30, 35 ou 40 metros, o que dificultou a evacuação.

    “A gente não sabia onde era a cota. Isso começou a aparecer em decorrência da universidade daqui da região e dos órgãos públicos organizando. Mas infelizmente isso foi durante a catástrofe”, relatou.

    Ajuda voluntária e esperança de retomada:

    Apesar das dificuldades, Cavalheiro destacou a força do povo e a união para superar o momento crítico. Ele citou o exemplo de uma empresa local que está realizando a limpeza de casas e empresas, com equipamentos próprios, para ajudar na retomada das atividades.

    “Eles estão fazendo esse trabalho junto às escolas, às empresas, para tentar trazer um pouquinho aí de retomada de algumas das atividades, não pensando necessariamente na economia, mas na vida”, afirmou.

    Apesar da solidão e da esperança de que a situação seja revertida o quanto antes, Cavalheiro reforçou a necessidade de um plano de prevenção e respeito à natureza para evitar tragédias futuras.