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    Ministro manda universidade apurar conduta de alunos que simularam masturbação: “Inadmissível”

    Polícia Civil investiga o ocorrido; estudantes da Universidade Santo Amaro ficaram pelados e simularam masturbação durante um jogo universitário de vôlei feminino

    Polícia investiga alunos que ficaram pelados e simularam masturbação em jogo universitário em SP
    Polícia investiga alunos que ficaram pelados e simularam masturbação em jogo universitário em SP Reprodução

    Da CNN

    O ministro da Educação, Camilo Santana, determinou que a Universidade Santo Amaro (Unisa) seja notificada para apurar e tomar providências sobre o caso de estudantes do curso de Medicina que ficaram pelados e simularam masturbação durante um jogo universitário no interior de São Paulo.

    Vídeos que viralizaram nas redes sociais mostram o que seria o time de futsal masculino da universidade com shorts abaixados e tocando os genitais ao lado da quadra onde jogavam atletas de vôlei feminino do Centro Universitário São Camilo.

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    O ministro explicou que a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação fará a notificação à Unisa, sob pena de abertura de procedimento de supervisão e adoção de medidas disciplinares.

    A CNN procurou a Universidade Santo Amaro, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

    Polícia investiga o caso

    A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou à CNN, em nota, que “assim que tomou conhecimento dos fatos, iniciou diligências para apurar o ocorrido”. Assim, a Polícia Civil investiga o ocorrido.

    “A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de São Carlos já iniciou as investigações para o total esclarecimento dos fatos”, concluiu a SSP.

    O Centro Acadêmico Rubens Monteiro de Arruda, do curso de Medicina da Unisa, publicou uma nota nas redes sociais dizendo “repudiar as atitudes demonstradas nos vídeos que estão circulando nas mídias sociais a respeito de competições anteriores”.

    “Nós não compactuamos com atitudes que ofendam, humilhem e constranjam qualquer pessoa. É notório que tais feitos são um retrocesso para uma universidade moldada através de lutas e reivindicações de seus discentes, e que também se dedica para que seu nome seja respeitado e reconhecido”, acrescentou o Centro Acadêmico.

    A Atlética da Medicina da Unisa também se pronunciou por nota: “As filmagens circuladas pela mídia não são contemporâneas e não representam os princípios e valores pregados pela A.A.A.J.D.D”.

    “Não toleramos ou compactuamos com qualquer ato de abuso ou discriminatório. Assim, atletas, torcedores, equipe técnica e todos os envolvidos em nossas competições e eventos são, por nós, incentivados sempre a terem comportamentos pautados em princípios éticos e sociais em que prevaleçam o respeito, a inclusão e a igualdade”, completou a Atlética.

    UNE e Ministério das Mulheres repudiaram o caso

    Com a repercussão do caso, a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Ministério das Mulheres manifestaram repúdio.

    “Absurdas as cenas dos alunos de medicina da Unisa durante os jogos universitários. Esses estudantes precisam ser responsabilizados pelos crimes cometidos em uma conduta inaceitável durante um jogo de vôlei feminino”, escreveu a UNE em comunicado.

    “Não podemos tolerar que casos como esse continuem acontecendo. A nossa luta sempre será por um ambiente universitário sem machismo e sem assédio!”, concluiu.

    Já o Ministério das Mulheres declarou que “romper séculos de uma cultura misógina é uma tarefa constante que exige um olhar atento para todos os tipos de violências de gênero”.

    “Atitudes como a dos alunos de Medicina, da Unisa, jamais podem ser normalizadas — elas devem ser combatidas com o rigor da lei”, continuou o Ministério.

    “Em parceria com o Ministério da Educação, o Ministério das Mulheres reforça seu compromisso de enfrentar essas práticas que limitam ou impossibilitam a participação das estudantes como cidadãs. Vamos seguir trabalhando para que as universidades sejam espaços seguros, livres de violência”, concluiu.

    *publicado por Tiago Tortella, da CNN

    *com informações de Ana Coelho, Anderson Oliveira, Gabriele Koga e Léo Lopes, da CNN