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    Ministro do Turismo prevê retomada de eventos no Rio em setembro

    Gilson Machado se encontrou com empresários do setor de entretenimento e festas nesta segunda; 3 milhões de pessoas que trabalhavam no ramo perderam empregos

    Camille Couto e Everton Souza, da CNN, no Rio de Janeiro

    O ministro do Turismo, Gilson Machado, se reuniu nesta segunda-feira (1º) com grandes empresários do setor de festas, eventos e entretenimento no Rio de Janeiro. No encontro, foram discutidos diversos projetos para minimizar o impacto desastroso sofrido pelo setor, que precisou adiar ou cancelar 98% dos eventos, devido à pandemia.

    Ao final da reunião, em entrevista à CNN, o ministro disse que o governo federal está estudando medidas para flexibilizar o pagamento de impostos das empresas afetadas e arriscou uma previsão para que o setor, que contava com 650 mil trabalhadores, volte a atuar normalmente.

    “A estimativa é só quando tiver a vacinação. Eu espero que, até o final do ano, em setembro, volte ao normal” disse.

    O presidente da Embratur, Gilson Machado
    O presidente da Embratur, Gilson Machado
    Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo (3.dez.2020)

    Segundo Machado, o Rio de Janeiro terá uma sede da Embratur em breve.

    “Especificamente para o Rio de Janeiro, o governo federal está trazendo um escritório da Embratur. Para justamente colocar o Rio de Janeiro, o sudeste, mais próximo de Brasília, com todos os equipamentos de infraestrutura”, explicou o ministro. 

    A reunião foi organizada pela Apresenta Rio, associação dos promotores de eventos, entretenimento e afins. Além do ministro Gilson Machado, também participaram o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).  

    De acordo com o presidente da associação, Pedro Guimarães, a presença do executivo e dos parlamentares foi importantíssima para pontuar algumas necessidades.

    “O Projeto de Lei 5638 traz uma série de medidas de socorro ao setor, está tramitando no Congresso e é importante a aprovação. O projeto traz desoneração fiscal por um prazo grande, parcelamento de dívidas de tributos, linha de crédito, é um pacote de medidas até a recuperação do plena do setor”, avaliou o empresário. 

    O setor teve prejuízo de R$ 270 bilhões de março a dezembro de 2020. Cerca de 640 mil empresas e 2 milhões de microempresários dependem do setor. Ao todo, 3 milhões de pessoas que trabalhavam no ramo perderem os empregos em todo o país.

    A arrecadação com festas, eventos e entretenimento representa 13% do PIB do país e 4,9% no do estado do Rio, a segunda maior participação, atrás somente do setor de óleo e gás.  

    O Rio de Janeiro recebe, tradicionalmente, grandes eventos como Carnaval, Réveillon, festivais, torneios, shows nacionais e internacionais no Maracanã, Morro da Urca e arenas do Parque Olímpico. A maioria deles foi cancelado ou adiado, sem data prevista para retomada. 

    Em um cenário normal, o estado recebia cerca de 400 eventos por semana, de vários segmentos e tamanhos. Vale ressaltar que a indústria está paralisada desde o dia 13 de março de 2020. 

    Segundo o levantamento de dados feito pela CNN, o estado teve perda de mais de 150 mil empregos diretos e um prejuízo de R$ 10 bilhões apenas no período da temporada de verão.  

    De acordo com pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas), encomendada pelos órgãos de eventos privados e públicos, a projeção para a retomada da economia ainda vai depender de um investimento de mais de R$ 350 milhões para voltar a movimentar o mercado.

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