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    Ministério da Justiça manda Polícia Federal instaurar inquérito sobre máfia das apostas

    Pelo menos 25 pessoas, entre jogadores e suspeitos de operar o esquema, viraram réus em Goiás

    Eduardo Bauermann, do Santos, é um dos jogadores investigados pela Operação Penalidade Máxima
    Eduardo Bauermann, do Santos, é um dos jogadores investigados pela Operação Penalidade Máxima Raul Baretta/ Santos FC

    Matheus MeirellesLuiz CisiMarcos Guedesda CNN

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal investigue casos de manipulação no futebol brasileiro.

    A abertura de inquérito ocorre após o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Edinaldo Rodrigues, enviar ofício à Presidência da República para que a Polícia Federal entrasse no caso.

    Ao todo são 25 denunciados pelo Ministério Público de Goiás em meio às suas fases da Operação Penalidade Máxima, sendo 15 jogadores e 10 operadores, que se tornaram réus após a Justiça aceitar as denúncias.

    A CNN teve acesso a alguns dos diálogos apontados pela Promotoria de Goiás como prova de conluio.

    “Não é pra bater, é pra agredir”

    Em uma dessas conversas, o jogador Fernando Neto, do Operário do Paraná, negociou diretamente com um dos operadores do esquema para ganhar antecipadamente 40 mil reais por uma expulsão, mas no jogo não conseguiu ser expulso, o que irritou um dos envolvidos, que em uma das mensagens chegou a dizer “não é pra bater, é pra agredir.”

    O escândalo de apostas envolvendo atletas, orientados a tomar cartões, fazer pênaltis, ou outras atitudes por dinheiro, atingiu em cheio a Série A, a elite do campeonato brasileiro.

    Nesta semana, vários jogadores foram afastados. Entre eles:

    • Richard, do Cruzeiro
    • Pedrinho e Bryan Garcia, do Atlético Paranaense
    • Vitor Mendes, do Fluminense
    • Nino Paraíba, do América Mineiro
    • Eduardo Bauermann, do Santos

    A CBF se posicionou esta semana e rejeitou a possibilidade de paralisar as competições deste ano.

    A CBF diz que também é vítima do esquema e se colocou à disposição, alegando que está trabalhando em conjunto com a FIFA para achar um modelo padrão de investigação.

    Na denúncia, o Ministério Público de Goiás ficou ainda o valor mínimo de 2 milhões de reais para reparar os danos morais coletivos causados pelos envolvidos.