Miliciano apontado como braço direito de opositor de Zinho é preso no Rio
Aluizio de Mello Ribeiro, conhecido como Recruta, foi detido pela PRF em um carro roubado e com a placa adulterada; ele estava com uma pistola
Foi preso em flagrante na noite do último domingo (28) o criminoso apontado como “homem de confiança” de Tauã de Oliveira Francisco, o Tubarão. O preso é apontado como integrante da milícia que faz oposição ao grupo chefiado por Zinho.
Aluizio de Mello Ribeiro, conhecido como Recruta, foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um carro roubado e com a placa adulterada. Ele estava no km 40 da rodovia Luiz Henrique Rezende Novaes (BR-465), em Seropédica, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Com o criminoso, foi encontrada uma pistola calibre 9 mm, com munição.
O preso foi levado para a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e vai responder por porte ilegal de arma de fogo, constituição de milícia privada, adulteração e receptação de veículo automotor. Contra ele já havia um mandado de prisão por homicídio qualificado.
Tanto “Recruta” quanto “Tubarão” são apontados como alguns dos responsáveis pela guerra contra a milícia que atua na zona oeste da capital fluminense, chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, o “Zinho”, de 44 anos.
A zona oeste do Rio têm registrado frequentes episódios de violência envolvendo disputas entre grupos milicianos. Situação que se agravou depois da prisão de Zinho, em dezembro. Ele, que era considerado o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, estava foragido desde 2018 e tinha 12 mandados de prisão em aberto quando se entregou à Polícia Federal (PF) na véspera do último Natal.
Violência na zona oeste do Rio de Janeiro
Um levantamento feito pelo Fogo Cruzado, instituto que usa tecnologia para produzir e divulgar dados abertos e colaborativos sobre violência armada, chamou a atenção para a piora da violência armada na zona oeste do Rio, em 2023. A região teve aumento de 53% no número de tiroteios. A quantidade de mortos mais que dobrou (aumento de 104%) e cresceu em 40% a quantidade de feridos, nos dados em comparação com 2022. Todas as outras regiões do Grande Rio tiveram queda nestes indicadores.
