MG pode recuar e autorizar apenas atividades essenciais na grande BH
O estado de Minas Gerais registra 24.906 casos confirmados do novo coronavírus com 570 mortes.
Em entrevista à CNN, na manhã desta sexta-feira (19), o secretário-geral do governo de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou que, apesar do que considera um bom desempenho do estado no combate à pandemia do novo coronavírus, a gestão não exclui retomar o funcionamento do comércio a apenas uma lista de atividades essenciais, para tentar frear casos na região metropolitana de Belo Horizonte.
“Nós temos que comemorar que Minas Gerais tem o menor número de pessoas que vieram a óbito. Esse bom desempenho representa que sempre agimos com antecedência. (…) O governador está preocupado, especialmente, com cidades da região metropolitana que apresentaram aumento de número de casos. Elas serão reavaliadas nos próximos dias. Indicamos, na última quarta-feira, que deveria voltar a funcionar apenas o comércio essencial, para que as pessoas não corram riscos nesta região”, explicou.
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Simões avaliou ainda que a reabertura econômica é importante, mas deve ser feita de maneira segura no estado e para a população;
“Belo Horizonte, por exemplo, já abriu os shoppings populares na primeira onda de contaminação. O resultado foi que, em 15 dias, nós constatamos um aumento no número de casos na capital. A parte econômica nos preocupa, mas, para organizá-la, criamos o programa que se for bem seguido, auxiliará no retorno com segurança. É muito complicado esse ‘vai e volta’ da retomada devido a decisões locais que não estão bem acompanhadas pela ciência.
Após ultrapassar a marca de 500 mortos pela Covid-19, Minas Gerais recebeu, na quarta-feira (17), mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O estado também prometeu entregar 500 respiradores.
Em entrevista à CNN, em 5 de junho, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que a situação financeira de MG não permite a testagem em massa. “Os poucos recursos que tínhamos no início da pandemia destinamos para a aquisição de respiradores e a ampliação de leitos de UTIs (unidades de terapia intensiva)”, explicou.
(Edição: Sinara Peixoto)