Metrô de SP rescinde contrato e multa consórcio responsável por construção de monotrilho
Governo afirmou que houve "atraso injustificado" nas obras da Linha 17-Ouro, aplicando punição de R$ 118 milhões; expectativa é que ela esteja funcionando no primeiro semestre de 2026
O Metrô de São Paulo irá rescindir o contrato com o Consórcio Monotrilho Ouro, responsável pela construção do monotrilho da Linha 17-Ouro na capital paulista. A medida acontece devido à paralisação das obras. Será aplicada multa de R$ 118 milhões.
Além disso, o consórcio não poderá participar de novos contratos públicos por dois anos. Segundo o governo de São Paulo, houve “atraso injustificado” na construção.
“O Governo do Estado e o Metrô vinham exigindo um plano de recuperação dos prazos. As exigências se intensificaram a partir de janeiro e, diante da morosidade da contratada em demonstrar sua capacidade de retomar o ritmo das obras, o Metrô concluiu o processo de rescisão contratual”, explica a administração estadual.
Agora, são estudadas três possibilidades para a continuação dos trabalhos. Pode ser feita a contratação de uma das empresas que estavam classificadas na licitação já realizada; a companhia que irá operar o monotrilho continuar as obras; ou realizar uma nova licitação.
A expectativa é que a Linha 17-Ouro esteja em operação até o primeiro semestre de 2026 – atualmente, 80% das “obras civis” estão concluídas. De acordo com a administração estadual, a rescisão contratual não afeta o ritmo da fabricação dos trens e instalação de sistemas.
Técnicos do Metrô devem ser enviados à China em agosto deste ano para “acompanharem os testes dos sistemas e material rodante” do consórcio responsável pelo fornecimento desses materiais.
Saiba mais sobre o monotrilho da Linha-17-Ouro
Segundo o projeto “prioritário”, a Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo terá oito estações, um pátio e 7,7 quilômetros de extensão. A estimativa é que 185 mil passageiros sejam transportados por dia útil no monotrilho.
As obras foram iniciadas em 2012 e, em 2018, foi assinado o contrato com a Via Mobilidade para que o consórcio opere o monotrilho pelos próximos 20 anos, prevendo investimentos de mais de R$ 3 bilhões em “manutenção, conservação, melhorias, requalificação, adequação e expansão das linhas”.
Além disso, deve ser construída uma subestação e uma ciclovia em toda a extensão do trecho operacional.
As estações que são construídas atualmente são: Jardim Aeroporto, Congonhas, Brooklin Paulista, Vereador José Diniz, Campo Belo (com integração com a Linha 5-Lilás), Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi (CPTM).