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    Mercados operam de olho em nova rodada de sanções à Rússia; petróleo dispara

    Possibilidade de a Europa se juntar aos Estados Unidos no embargo ao petróleo russo faz os preços dispararem agora pela manhã

    Priscila Yazbekda CNN Em São Paulo

    Os mercados operam na manhã desta segunda-feira (21) de olho na nova rodada de sanções da Europa à Rússia e o preço do petróleo.

    Começando pelo exterior, os futuros americanos abrem em queda com a percepção de que uma trégua na guerra ainda está distante, depois que a Ucrânia se recusou a entregar Mariupol à Rússia. Um grande centro comercial nos arredores de Kiev foi bombardeado durante a noite.

    Os mercados monitoram a reunião de líderes da União Europeia agora de manhã em Bruxelas, na Bélgica, para debater novas sanções à Rússia.

    Os países vão discutir um possível embargo ao petróleo da Rússia. Alguns defendem proibições, mas outros mais dependentes da energia da Rússia, como a Alemanha, são mais reticentes. Cerca de 40% do gás importado e 34% do petróleo vem da Rússia.

    A possibilidade de a Europa se juntar aos Estados Unidos no embargo ao petróleo russo faz os preços dispararem agora pela manhã. O barril do tipo brent sobe mais de 4% para US$ 112. Um ataque de rebeldes a uma refinaria na Arábia Saudita no fim de semana também ajuda a impulsionar o preço.

    Outra commoditie que sobe forte é o alumínio, depois que a Austrália proibiu os embarques da matéria-prima para a Rússia, aumentando os temores de inflação global.

    Na Europa, os índices operam entre altas e baixas, também refletindo falta de avanços entre Rússia e Ucrânia. Investidores também ficam atentos um aumento nos casos de Covid-19 na Europa decorrentes de uma subvariante.

    Na Ásia, índices fecharam majoritariamente em baixa refletindo a alta do petróleo e a tensão com a guerra na Ucrânia.

    Brasil

    No Brasil, a alta do petróleo e da commodities continuou impulsionando o Ibovespa na sexta (18). Nesta manhã, a alta das matérias-primas pode seguir atraindo fluxo estrangeiro, mas vai depender das falas do presidente do banco central americano, Jerome Powell, no começo da tarde.

    Um tom mais duro de Powell depois da alta de juros americanos na semana passada, pode tirar fluxo de emergentes ao sinalizar uma alta maior ou mais rápida das taxas nos Estados Unidos.

    Com a entrada de dólares no Brasil, a moeda americana fechou sexta perto de R$ 5 e hoje analistas acham que o dólar pode testar esse patamar e cair abaixo de cinco.

    Investidores também aguardam por aqui sinais sobre rumos dos juros no país com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que sai amanhã.

    Índices

    O Ibovespa futuro tem leve queda de 0,04% com 115.902 pontos. O dólar cai 0,02% sendo cotado a R$ 5,01 e o S&P futuro cai 0,11%.

    Agenda do Dia

    Hoje tem Boletim Focus, como toda segunda-feira, mas segundo o Banco Central (BC) excepcionalmente hoje o relatório vai ser divulgado às 10h, em vez das 8h25.

    Às 15h tem também balança comercial, e os resultados de empresas seguem, com destaque para balanços da Eneva, JBS e Unidas depois do fechamento da bolsa.

    No exterior, destaque é o discurso de Jerome Powell, que fala à uma da tarde e pode dar pistas sobre política de juros, depois da elevação na semana passada.