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    Mercados operam de olho em impactos da guerra no petróleo e dados de emprego nos EUA

    No Brasil, dados do setor de indústria são destaque

    Priscila Yazbekda CNN , Em São Paulo

    Os mercados globais operam na manhã desta sexta-feira (1º) com mercados de olho nos impactos da guerra no petróleo e nos dados de emprego nos Estados Unidos.

    Começando pelo exterior, os futuros americanos abriram o dia em alta na expectativa do payroll. O relatório de emprego foi divulgado às 9h30, e mostrou que foram criadas 431 mil vagas em março, ante expectativa de 490 mil. E a taxa de desemprego caiu para 3,6%, abaixo das expectativas do mercado, de 3,7%. Já os salários subiram 5,6% ante março de 2021.

    Segundo Nicolas Borsai, economista-chefe da Nova Futura, os dados mostram que a economia americana está forte e que o aumento dos salários pode pressionar a inflação. Portanto, os dados podem elevar expectativa de alta dos juros americanos e afetar negativamente as bolsas.

    A Casa Branca confirmou ontem que vai liberar 1 milhão de barris de petróleo por dia nos próximos 6 meses. Ao todo serão liberados 180 milhões de barris da reserva de 568 milhões, a maior redução da reserva emergencial do país.

    O anúncio fez o petróleo recuar 6% ontem e fechar abaixo dos US$ 105. Hoje investidores monitoram reunião da Agência Internacional de Energia (AIE) para discutir uma nova liberação de reservas de petróleo na esteira dos Estados Unidos.

    O petróleo segue caindo hoje, para US$ 103, com a Rússia mantendo fornecimento de gás à Europa, mesmo diante do fato de que hoje termina o prazo estipulado por Putin para compra do gás russo em rublos.

    Investidores também monitoram as negociações pela paz entre a Rússia e a Ucrânia, que foram retomadas nesta sexta-feira. O presidente ucraniano disse que há pouco otimismo sobre a nova tentativa de diálogo.

    Na Europa, os índices sobem seguindo Nova York. Na Ásia, as bolsas fecharam mistas. Duas incorporadoras não divulgaram seus balanços, gerando um novo temor sobre crise no setor imobiliário chinês.

    Brasil

    No Brasil, o Ibovespa fechou o mês de março com alta de 6% em meio ao fluxo de investimentos estrangeiros para commodities. Hoje, o Ibovespa pode ter alguma correção com a queda do petróleo e outras matérias-primas. A perspectiva de alta dos juros americanos também pode tirar atratividade dos países emergentes.

    Na política, o presidente Jair Bolsonaro decidiu manter por mais 30 dias o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) em 25% em vez de aumentar para 33%. E, para bancar o REFIS (parcelamento de dívidas tributárias) dos pequenos negócios, o governo estuda aumentar a tributação de bancos. A repercussão da notícia pode afetar as ações de bancos nas negociações de hoje.

    Investidores também ficam de olho na mobilização de servidores do Banco Central (BC). Segundo o sindicato que representa os funcionários do BC, o Sinal Nacional, a adesão à greve é de 60 a 70% dos servidores. O sindicato disse que o sistema do Pix continuará funcionando, mas novos cadastros e a manutenção do sistema podem ser parcialmente afetados.

    O Ibovespa futuro sobe 0,77% com 121.500 pontos. O dólar cai 0,98% sendo cotado aos R$ 4,71 e S&P futuro sobe 0,61%.

    Agenda do Dia

    Às 8h foi divulgado o IPC-S , que acelerou para 1,35% acumulando alta de 9,68% em 12 meses.

    O IBGE divulgou às 9h o resultado da indústria. O setor cresceu 0,7% em fevereiro, puxado pela indústria extrativa acima da expectativa do mercado, que era de 0,3%.

    Às tem PMI industrial e dados de balança comercial às 15h.

    No exterior, além dos dados de emprego nos EUA, tem também dados de construção e PMI às 11h.

    Esta foi a último edição do CNN Morning Call, mas você continua acompanhando a abertura do mercado e o resumo das notícias mais importantes da economia todos os dias dentro do CNN Money, que estreia na segunda-feira (4), às 6h15, com apresentação de Priscila Yazbek e Thais Herédia.

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