Mercados abrem setembro no vermelho enquanto digerem dados da China e dos EUA
Thais Herédia e Priscila Yazbek apresentam podcast CNN Money, nas manhãs de segunda a sexta, com balanço dos assuntos que influenciam mercados, finanças e economia
Depois de um ráli nas últimas semanas, as bolsas mundiais abrem o mês de setembro no vermelho.
A sensação agora, como pontuado por analistas consultados, é de que os mercados estão digerindo o discurso mais agressivo de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve System (Fed, banco central norte-americano), na última sexta-feira (26). É sobre o comportamento das bolsas ao redor do mundo que o CNN Money desta quinta-feira (1.º) se volta.
As sinalizações do Fed quanto a uma postura mais acentuada na taxa de juros, somada às falas de Powell no simpósio anual em Jackson Hole, enterraram de vez o conceito de “pouso suave” da economia dos EUA — aquele em que a subida das taxas de referência não prejudica tanto a atividade. A previsão, agora, é de um período prolongado de crescimento fraco e desemprego alto nos EUA.
Outro fator que aumenta o tom do pessimismo do mercado é a atividade fraca da China, como mostrado pelo Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) na manhã da última quarta-feira (31). A indústria entrou no território de contração da atividade pela primeira vez em três meses, a 49,5 pontos em agosto, como resultado da demanda fraca, da crise energética e de novos surtos de Covid-19 interrompendo a produção.
Na Europa, dados de inflação e PMIs da zona do euro reforçam expectativas de que o BCE aumente a taxa de juros na semana que vem. Do lado de cá do globo, a bolsa brasileira se descolou do resto do mundo em agosto e cresceu 6,5% por efeito das medidas adotadas pelo governo federal.
Apresentado por Thais Herédia e Priscila Yazbek, o CNN Money apresenta um balanço dos assuntos do noticiário que influenciam os mercados, as finanças e os rumos da sociedade e das dinâmicas de poder no Brasil e no mundo.