Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    ‘Melhor pecar pelo excesso’, diz Marinho sobre retirada de famílias em Jati

    Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, explica situação de Jati (CE), onde cerca de duas mil pessoas deixaram suas casas

    Da CNN, em São Paulo

    O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que o governo preferiu pecar pelo excesso ao decidir pela evacuação de duas mil pessoas após o rompimento da barragem de Jati, no Ceará. A falha ocorreu na sexta-feira (21). A barragem faz parte do eixo norte da transposição do Rio São Francisco, inaugurado em junho pelo presidente Jair Bolsonaro

    “Melhor pecar pelo excesso e preservar vidas. Não podiamos ontem às 21h, ainda com fumaça, névoa, o problema do cascalho e sem visibilidade, tomar uma decisão diferente da tomada”, disse ele em entrevista à CNN. “Estamos fazendo todo o levantamento para verificar o problema. Qualquer que tenha sido, quem deu causa será responsabilizado e serão de 30 a 40 dias para termos o resultado”.

    Segundo o ministro, os trabalhos estão acontecendo para que as pessoas possam voltar às suas casas em até 72 horas. O martelo deve ser batido no próximo domingo à tarde.

    Leia também:
    Ministro prevê retorno de moradores em até 72 horas após rompimento em barragem
    Nunca houve treinamento, diz moradora de cidade onde duto de barragem se rompeu

    Marinho ainda afirmou que, ao tomar conhecimento do acidente, se dirigiu ao local, e lá viu que o problema não foi com a barragem. Na verdade, a falha ocorreu com a adutora, que jogou um jato d’água na barragem e, aí sim, corroeu parte da parede da barragem. 

    “Quando abrimos as comportas na quinta-feira (20), a pressão da água de alguma forma desregulou o sistema, deve ter fechado o duto embaixo e isso explodiu a tubulação de cimento e a pressão da água se deu contra a parede da barragem”, diz ele. “Como a água inundou a parte elétrica, não tivemos condição de desligar imediatamente o sistema, demorou em torno de quatro horas e meia.”

    O ministro falou da complexidade do projeto de transposição do São Francisco e que esse tipo de incidentes são normais.

    “Essa é a maior obra de engenharia que o Brasil dispõe. Certamente tem a possibilidade de incidentes”. Assista à íntegra acima.

    Tópicos