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    Médico de São Paulo é investigado por agressão a ex-namoradas e funcionários

    Bruno D'Ângelo Cozzolino está sendo investigado pela Polícia Civil por denúncias de perseguição, ameaça e agressão contra mulheres e funcionários dos prédios onde mora e onde trabalha

    Redação, do Estadão Conteúdo

    O médico Bruno D’Ângelo Cozzolino está sendo investigado pela Polícia Civil de São Paulo por denúncias de perseguição, ameaça e agressão contra ex-namoradas.

    Ele também é acusado de agredir funcionários dos prédios onde mora e onde trabalha nos Jardins, região central da capital.

    No dia 7 de agosto, imagens de câmeras de segurança do condomínio em que mora mostram o médico discutindo e agredindo o zelador. O motivo teria sido um pedido para que ele que estacionasse corretamente seu carro na garagem.

    “Pedi para o porteiro comunicar a ele. Mas ele não desceu para arrumar o carro dele; desceu para me agredir”, contou o homem. Mesmo com as imagens, o médico foi à delegacia e afirmou ter sido vítima do zelador.

    Bruno D’Ângelo tentou explicar sua versão ao síndico, mas também o agrediu ao ser questionado. “Ele arrebentou o meu lábio”, contou o síndico. Por causa das agressões, o condomínio contratou seguranças e registrou queixa na delegacia.

    Nas redes sociais, Bruno fala sobre cuidados com a saúde e o bem-estar e suas especialidades médicas, como medicina do esporte, nutrologia e dermatologia. O médico também exibe vídeos e fotos de viagens internacionais.

    Médico também é acusado de agredir mulheres

    Bruno também aparece em imagens do edifício em que uma ex-namorada trabalha. As câmeras da empresa da vítima mostram o médico com a mesma camiseta que vestia no dia em que agrediu o síndico de seu condomínio. A mulher já havia denunciado agressões do médico.

    Depois de se negar a desbloquear o celular, como ele exigia, a moça teria sido agredida com chutes e tapas.

    A Secretaria de Segurança Pública confirma que existem dois inquéritos policiais em andamento contra Bruno. O primeiro deles, registrado como violência doméstica, perseguição, ameaça e lesão corporal, está em apuração pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher Sul. A vítima conseguiu medida protetiva e o depoimento do suspeito já foi agendado.

    O segundo caso foi registrado como injúria, calúnia e ameaça por três vítimas (duas mulheres e um homem). O investigado foi intimado a comparecer para depoimento na investigação do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância.

    Uma terceira ocorrência ainda na fase inicial de investigação no 15° Distrito Policial (Itaim Bibi). Policiais do 78° Distrito Policial esperam a representação formal da vítima para o prosseguimento da investigação. A Secretaria de Segurança Pública não informou se o médico já foi preso em alguma oportunidade.

    Defesa do médico

    Procurada pelo Estadão, a defesa do médico Bruno D’Ângelo Cozzolino informou que ele prefere não se manifestar neste momento.

    Em 2021, a defesa de Bruno apresentou à Justiça laudo psiquiátrico atestando transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave. Os advogados também afirmam que ele havia abandonado o tratamento. A prisão foi revogada para uma perícia médica, mas o caso acabou arquivado.

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