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    MEC precisa de nome para lidar com consequências de pandemia, diz Priscila Cruz

    Com a saída de Decotelli, presidente do Todos Pela Educação diz que ministério precisa de "equipe que não seja ideológica e com propósitos republicanos"

    Da CNN, em São Paulo

    Após o anúncio da saída de Carlos Alberto Decotelli do Ministério da Educação, a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, disse à CNN nesta terça-feira (30) que o MEC precisa de um quadro que saiba dialogar com os diversos envolvidos com a educação no país, principalmente no momento em que se atravessa a pandemia de Covid-19.

    “O novo nome precisa criar uma articulação para lidar com as consequências da pandemia na educação. Para resolver isso precisamos de um nome capaz de fazer formulações e articular com atores envolvidos na pasta, com uma equipe que não seja ideológica e com propósitos republicanos”, disse.

    Ela lembra que o MEC efetivamente não tem gestão direta na educação básica, mas articula com diversos agentes da União para a realização de ações. Por conta disso, ela enxerga necessidade de o novo ministro conseguir criar pontes e ter um gabinete que monitore o diálogo com os diversos entes da federação.

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    “O novo ministro deve estabelecer uma mesa de diálogo constante com estados, municípios, Congresso e universidades. Um gabinete que monitora as articulações. O novo chefe da pasta precisa ter capacidade de formulação, de formação de equipe e saber priorizar as pautas.”

    Segundo Priscila, o MEC atualmente conta com bons quadros técnicos, e citou o secretário-executivo Antonio Paulo Vogel de Medeiros como um dos bons nomes do ministério, mas fez a ressalva de que seu trabalho foi afetado por Weintraub — que, segundo ela, criou “incêndios” que Vogel teve que “apagar”.

    O próximo ministro

    “O próximo ministro precisa ter compromisso para nada além da qualidade educacional, com carta branca para afastar quem deve e trazer pessoas preparadas para uma área tão estratégica para o país,” disse Priscila sobre as características que ela gostaria de ver no próximo ministro da Educação.

    Ela ponderou sobre os nomes que estão sendo ventilados e disse ver que quase todos são ligados à educação superior. Ela faz a ressalva de que o próximo nome não precisa ser um especialista na área, mas se for, deveria ser alguém ligado a educação básica, que em sua visão é hoje o grande problema educacional do Brasil.

    “Não precisa ser um especialista em educação a assumir o ministério, mas alguém que saiba lidar com a articulação. Se for um especialista, que seja do ensino básico. O governo precisa voltar suas atenções a essa área, que foi colocada durante a campanha como o foco na gestão da educação no governo Bolsonaro.”

    “Diálogo, leitura do contexto para a formulação de políticas públicas e a formação de uma equipe que possa criar de maneira eficaz de implementar as ações são as principais características que o novo ministro da Educação deve ter”, afirmou Priscila.

     

     

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