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    MEC não deveria dar espaço para negacionismo científico, diz especialista da CNN

    Claudia Costin afirmou à CNN que universidades têm autonomia administrativa para exigirem comprovante de vacinação

    Vinícius Tadeuda CNN , São Paulo

    Diante do despacho do Ministério da Educação que diz que a vacinação contra o coronavírus não será exigida em instituições federais de ensino, a especialista da CNN, Claudia Costin, afirmou em entrevista nesta quinta-feira (30) que o MEC deveria acreditar mais na ciência e “não dar espaço para negacionismo científico”.

    A especialista reforçou que a autonomia das universidades é administrativa e que, embora não permita contrariar as leis do Brasil, “podem contrariar recomendações e tem autonomia para serem mais restritivos que o Ministério da Educação”. “Ao dizer que não é necessário certificado de vacina e que as universidades não podem exigir carteira de vacinação, estamos mandando um recado pra negacionistas entre vários gestores públicos”, disse Costin.

    Na opinião da pesquisadora e diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), a questão certamente será judicializada. Costin reforça que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que é legal exigir a imunização contra a Covid-19.

    “Se o Executivo não ocupa o seu papel e se não autoriza as universidades a exercerem sua autonomia administrativa estabelecida na Constituição, o Supremo sim vai ter que se pronunciar também nessa questão”, disse Costin.

    De acordo com a pesquisadora, 90% da pesquisa científica brasileira vem das universidades públicas que “não é à toa que as universidades tiveram papel decisivo no combate à Covid”. Costin defende que o assunto não seja politizado e que o Brasil siga o exemplo de centenas de instituições de ensino da Europa e Estados Unidos que já exigem o certificado de vacinação.

    “Há um certo atraso inaceitável em relação a isso, precisamos vacinar as crianças e precisamos dar segurança a todos de que podemos voltar às aulas de forma plena”, disse a especialista da CNN.

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