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    Massacre de Paraisópolis: 24 testemunhas serão ouvidas em processo que tem 13 PMs como réus

    Nove jovens morreram após ação em baile funk de comunidade da zona sul de São Paulo, em 2019

    Rafael Saldanhada CNN

    Os 13 policiais militares réus do caso do ‘Massacre da Paraisópolis’ passam por mais uma audiência de instrução nesta sexta-feira (28), às 10h no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.

    Ao todo, 24 testemunhas serão ouvidas pela primeira vez, sendo duas de acusação e as demais de defesa. Foram arroladas 52 testemunhas no processo.

    A última audiência do caso ocorreu no dia 17 de maio, e a Justiça ainda não definiu se o julgamento será realizado em júri popular ou não.

     

    A Operação Pancadão, realizada pela Polícia Militar em 1° de dezembro de 2019, resultou na morte de nove jovens com idades de 14 a 23 anos durante o baile da DZ7 na comunidade. Veja o nome das vítimas:

    • Gustavo Cruz Xavier, de 14 anos;
    • Marcos Paulo Oliveira dos Santos, de 16 anos;
    • Dennys Guilherme dos Santos Franco, de 16 anos;
    • Denys Henrique Quirino da Silva, de 16 anos;
    • Luara Victória Oliveira, de 18 anos;
    • Gabriel Rogério de Moraes, de 20 anos;
    • Eduardo da Silva, de 21 anos;
    • Bruno Gabriel dos Santos, de 22 anos;
    • e Mateus dos Santos Costa, de 23 anos.

    Os policiais entraram na comunidade e cercaram um quarteirão com maior fluxo de pessoas. Na ação foram usadas bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, além de tiros de balas de borracha, golpes de cassetetes e rajadas de gás de pimenta.

    Treze policiais foram denunciados pela operação no baile funk. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) afirmou que um dos indiciados não integra mais os quadros da Polícia Militar. A corporação aguarda a decisão judicial para decidir quais medidas serão tomadas em relação aos outros envolvidos.

    CNN conversou com Cristina, mãe de Dennys Henrique, adolescente que não era morador da Paraisópolis e só foi ao local para a festa, onde morreu. Ela afirma que é um momento de muita tensão e que espera justiça para seu filho e para as outras vítimas.

    “Esperamos que o juiz, com as provas suficientes que estão à disposição dele, não permita que esse caso volte para a justiça militar. Enquanto não tivermos justiça, não vamos conseguir ter paz na comunidade”, afirmou.

    O advogado Fernando Capano, responsável pela defesa de 8 dos 13 réus, disse à CNN que tem a expectativa de demonstrar ao magistrado uma ausência completa de responsabilidade dos policiais militares.

    “Como a gente insiste desde o início, as inaceitáveis e muito tristes mortes naquela ocasião não ocorreram em razão de qualquer tipo de conduta de qualquer policial militar que participou daquele cenário”, comentou.

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