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    Marina Silva: “Principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia”

    Dados da quinta-feira (12) somam mil focos de calor no estado do Amazonas, segundo a ministra do Meio Ambiente. Brigadistas foram mobilizados para combater as queimadas

    Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em entrevista à Reuters
    Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em entrevista à Reuters 24/03/2023REUTERS/Adriano Machado

    Giordanna Neves, do Estadão Conteúdo

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou nesta sexta-feira (13) que não existe fogo natural na Amazônia e ressaltou que o principal vetor dos incêndios no local decorre da prática do desmatamento.

    A ministra anunciou que foram mobilizados mais de 300 brigadistas para combater as queimadas que atingem a região. Pelos dados coletados na quinta-feira (12), são, no total, mil focos de calor no estado do Amazonas, segundo ela.

    “O principal vetor das queimadas é desmatamento, não existe fogo natural na Amazônia. O fogo ou é feito propositalmente por criminosos, ou é a transformação da cobertura vegetal para determinados usos e depois o ateamento do fogo”, disse a ministra durante coletiva à imprensa convocada nesta sexta para anunciar as ações do governo no combate às queimadas no Amazonas.

    A ministra pediu apoio da população ao reforçar que, além da ação dos brigadistas e de todo o efetivo envolvido, é necessário que as pessoas parem de atear fogo no local. Ela citou a atuação “criminosa” em propriedades privadas e áreas públicas como um dos fatores que agravam as queimadas no estado.

    “É uma situação de extrema gravidade porque há cruzamento de três fatores: grande estiagem provocada pelo El Niño; matéria orgânica em grande quantidade ressecada; ateamento de fogo em propriedade particulares e dentro de áreas públicas de forma criminosa”, avaliou Marina.

    A ministra destacou que a determinação dada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de que as equipes federais ajam em parceria com os governos dos estados, dispondo de tudo que for necessário para o combate aos incêndios.

    O Ministro do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Goés, citou que o desafio no estado é grande pela logística na Amazônia. Como exemplo, ele citou que em alguns locais as equipes demoram cerca de 12 dias para chegar com comida.

    *Publicado por Marien Ramos