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    Máquina de cigarros apreendida: polícia encontra inconsistências em nota fiscal

    Equipamento passará por perícia para saber se foi o furtado de dentro da Cidade da Polícia

    Isabelle Salemeda CNN

    A máquina de cigarros encontrada pela Polícia Civil em um galpão no mercado São Sebastião, na zona norte do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (22) foi apreendida e terá que passar por perícia. Só assim será possível confirmar se é o mesmo equipamento que sumiu de um depósito da Cidade da Polícia.

    Durante a ação para apreensão do equipamento, um advogado da empresa responsável pelo galpão apresentou uma nota fiscal que seria da máquina e disse que ela era diferente da que foi furtada. A polícia acredita que o equipamento, no entanto, pode ter passado por pintura para dificultar o reconhecimento.

    De acordo com o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), João Valentim dos Santos Neto, os equipamentos são do mesmo modelo, o MK8/PA7.

    “Há inconsistências na nota apresentada, indicando a possibilidade de ser a máquina [que desapareceu] ou de haver peças da máquina. É o que a perícia determinará”, disse à CNN o delegado.

    A duvida é para saber se máquina de produzir cigarros, de mais de 6 metros de comprimento, quase 2 metros de altura e mais de 5 toneladas de peso, é a mesma que sumiu de dentro da Cidade da Polícia, endereço que concentra grande parte das delegacias especializadas da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

    O equipamento, avaliado em cerca de R$ 550 mil, havia sido apreendido durante uma ação da Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro em julho de 2022.

    Na ocasião, os investigadores descobriram uma fábrica clandestina de cigarros que mantinha 23 paraguaios e um brasileiro trabalhando em situação análoga à escravidão em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A ação contou com a parceria da Polícia Federal e do Ministério Público do Trabalho.

    Desde a ação, a máquina ficava guardada num galpão de bens apreendidos da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, nos fundos do complexo. Não havia monitoramento por câmeras em funcionamento no local por isso não houve registros do desaparecimento.

    Cidade da Polícia vista do alto / Reprodução/Google Maps

    O furto foi descoberto apenas quando a máquina foi leiloada a pedido do Ministério Público do Trabalho, para que o dinheiro fosse revertido para pagamento dos trabalhadores mantidos como escravos. Segundo o MPT, “percebeu-se que o equipamento havia desaparecido quando os arrematantes compareceram na Cidade da Polícia para buscá-lo”.

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