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    Maquiadora de Didja Cardoso tem prisão domiciliar concedida pela Justiça

    Segundo o advogado de defesa de Claudiele, a cliente irá deixar a unidade prisional na tarde desta quinta-feira (6).

    Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza do qual Didja Cardosos era sócia
    Claudiele Santos da Silva, maquiadora do salão de beleza do qual Didja Cardosos era sócia Reprodução/Instagram

    Bruno Laforéda CNN

    A Justiça do Amazonas concedeu prisão domiciliar para a maquiadora Claudiele Santos da Silva, presa no caso envolvendo a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Didja Cardoso.

    A decisão foi proferida pela Vara de Garantias Penais e Inquéritos Policiais nesta quarta-feira (5), pelo fato da presa ser mãe de uma criança em fase de amamentação.

    De acordo com a Polícia Civil, Claudiele, que trabalhava no salão de beleza do qual a vítima era sócia, é suspeita de persuadir funcionários e pessoas próximas à família a se associarem à seita, onde as drogas de uso veterinário eram utilizadas.

    A seita religiosa era chamada “Pai, Mãe, Vida”. Segundo as investigações, a organização prometia aos seguidores a transcendência para outra dimensão e a salvação em um plano superior.

    Segundo o advogado de defesa da maquiadora, Kevin Teles, sua cliente irá deixar a unidade prisional na tarde desta quinta-feira (6).

    Na decisão, o juiz Rivaldo Matos Norões Filho determinou que Claudiele seja monitorada com tornozeleira eletrônica. Ela fica proibida de manter qualquer tipo de contato, incluindo por meios eletrônicos, com vítimas e testemunhas do caso.

    Entenda o caso

    Dilemar Cardoso Carlos da Silva, Djidja, como era conhecida, morreu aos 32 anos na casa em que vivia, no bairro Cidade Nova, em Manaus. Ela era uma das principais personagens, a Sinhazinha, do Boi Bumbá Garantido na festa de Parintins.

    Outros familiares da ex-sinhazinha acusam as pessoas mais próximas a ela de praticar crimes na casa da vítima, inclusive que faziam ‘rituais’ com substâncias ilícitas. Cleomar Cardoso, tia de Djidja, acusou os indiciados de negar socorro à vítima e incentivar seu vício em drogas.

    A mãe e o irmão da vítima foram presos na quinta-feira (30).

    De acordo com fontes ligadas à investigação, no local da morte, foram apreendidos remédios de uso controlado e medicamentos veterinários. Na saída da delegacia, a advogada da mãe e do irmão disse que “eles são doentes.”

    O Tribunal de Justiça amazonense também expediu, na quarta-feira (29), mandados contra três funcionários do salão de beleza Belle Femme, do qual Djidja era sócia. Claudilene Santos da Silva, maquiadora, Marlisson Vasconcelos Dantas, cabeleireiro, e Verônica da Costa Seixas, gerente do salão.

    A ex-sinhazinha do Boi Garantido pode ter falecido por conta de um edema cerebral, que teria causado uma parada cardiorrespiratória na empresária. É o que aponta o documento de entrada de Djidja no Instituto Médico Legal de Manaus, datado às 10h15 do dia 28/05.

    O laudo completo do IML deve ficar pronto em 30 dias. Nele, haverá o esclarecimento se o edema foi causado por overdose na utilização de medicamentos veterinários.

    Em uma nota conjunta publicada nas redes do salão Belle Femme, a mãe e o irmão de Djidja afirmam que estão tendo que lidar com “notícias falsas e polêmicas quanto à causa da morte.” A nota finaliza dizendo que “toda e qualquer circunstância que envolve seu falecimento será esclarecida perante as autoridades.”