Manifestantes homenageiam garoto que morreu em prédio com ato em Recife
Menino de 5 anos morreu na terça-feira (2) depois de sofrer acidente ao ser deixado sozinho por empregadora da mãe em prédio de luxo
Movimentos e coletivos da causa negra em Recife, capital do Pernambuco, se reuniram na tarde desta sexta-feira (5) para homenagear o menino Miguel Otávio Santana Da Silva, de 5 anos, que morreu depois de cair do nono andar dos prédios conhecidos como “Torres Gêmeas”, um empreendimento de luxo da cidade.
A passeata partiu do Tribunal de Justiça de Pernambuco e caminhou por pouco mais de um quilômetro até o local da morte de Miguel.
Após pouco mais de duas horas de ato, os manifestantes, parados em frente à dupla de prédios, rezaram pelo menino, fizeram um minuto de silêncio e soltaram dezenas de balões pretos em memória ao garoto.
Ele havia sido deixado aos cuidados da empregadora de sua mãe, funcionária doméstica na casa de Sarí Mariana Gaspar da Côrte Real, enquanto ela passeava com o cachorro da família.
Sarí, mulher do prefeito de Tamandaré, cidade no litoral pernambucano, teria se irritado com o choro do menino, que queria encontrar com a mãe, e o deixou sozinho dentro do elevador do prédio de luxo.
Miguel foi do quinto até o nono andar, onde escalou a grade do ar-condicionado no hall, acabou despencando de uma altura de 35 metros e foi declarado morto pouco depois em um hospital. Sarí foi indiciada por homicídio culposo mas liberada depois de pagar uma fiança de 20 mil reais.
A manifestação desta sexta-feira foi transmitida ao vivo por páginas no Facebook, mostrando uma grande quantidade de pessoas reunidas na concentração do protesto mas afirmando que todos os participantes estavam seguindo as normas de distanciamento, mantendo um metro de distância uns dos outros.
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