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    Mais de 317 mil agentes públicos receberam auxílio emergencial indevidamente

    Análise de dados realizada pela Controladoria-Geral da União apontou pagamentos indevidos que somaram R$ 222.987.000,00

    Auxílio emergencial oferecido pelo governo durante o período de pandemia.
    Auxílio emergencial oferecido pelo governo durante o período de pandemia. Foto: ANDRÉ RICARDO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

    Paula Mariane, da CNN, em São Paulo

    Segundo análise realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU), foram feitos 317.163 pagamentos a agentes públicos incluídos indevidamente como beneficiários do auxílio emergencial. O valor total dos recursos envolvidos para estes pagamentos é de R$ 222.987.000,00.

    Com o objetivo de combater irregularidades no pagamento do auxílio emergencial, a CGU tem analisado e cruzado informações da base de dados do benefício com as bases de dados disponibilizadas pelo governo federal. Um dos cruzamentos realizados busca identificar agentes públicos que tiveram o número do CPF incluídos para receber o auxílio.

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    Além dos agentes federais, a CGU tem avançado na análise de agentes estaduais e municipais em 23 estados, trabalho que ocorre em parceira com os tribunais de contas estaduais e municipais e controladorias-gerais. 

    Na esfera federal, são 7.236 pagamentos a beneficiários que constam como agentes públicos federais com vínculo ativo no Sistema Integrado de Administração de Pessoal (Siape) e 17.551 pagamentos a indivíduos que constam como servidores militares da União.

    Nas esferas estadual, distrital e municipal, foram identificados 292.376 pagamentos a agentes públicos, ativos, inativos e pensionistas.

    Irregularidades

    Por outro lado, a CGU reforça que há possibilidades dos servidores não terem solicitado o recebimento do auxílio, tendo sido inseridos de forma automática pelo sistema do auxílio emergencial. Entre as razões para a automatização, estão o registro destes agentes no Cadastro Único para serem contemplados em programas sociais, ou até mesmo por serem beneficiários do Bolsa Família.  

    Ainda há a possibilidade do CPF ter sido inserido de forma indevida por outra pessoa, e não necessariamente pelo próprio servidor.