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    Mais da metade das crianças terminou o 2º ano do ensino fundamental não alfabetizadas

    Os dados foram levantados pela pesquisa Alfabetiza Brasil, conduzida pelo Inep e o Ministério da Educação

    Giovanna Inoueda CNN

    em Brasília

    O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quarta-feira (31) um levantamento que aponta que 56,4% das crianças terminaram o 2º ano do ensino fundamental em 2021 não alfabetizadas. A quantidade é maior do que no ano anterior, quando 39,7% dos estudantes concluíram o período sem condições básicas de leitura e escrita.

    O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que o problema compromete a educação básica de forma substancial.

    “É triste ver que praticamente 60% das nossas crianças não aprenderam a ler e escrever na idade certa. E nós sabemos, por evidência, que isso compromete todo o ciclo evolutivo das séries subsequentes da educação básica do nosso país”, afirmou o ministro.

    O trabalho de coleta e análise de dados contou com o apoio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Ao todo foram ouvidos 251 professores em 206 municípios de todo o Brasil, entre abril e maio de 2021.

    A pesquisa teve como objetivo compreender qual é o nível esperado de alfabetização de uma criança ao final do 2º ano do ensino fundamental, etapa essencial para o desenvolvimento escolar. A partir do levantamento é possível estabelecer uma política nacional de alfabetização.

    O MEC classifica como alfabetizada a criança que, ao final do 2º ano do fundamental, consegue:

    • ler pequenos textos, formados por períodos curtos, e localizar informações na superfície textual;
    • produzir inferências básicas com base na articulação entre texto verbal e não verbal, como em tirinhas e histórias em quadrinhos;
    • escrever textos que circulam na vida cotidiana para fins de comunicação simples, como convites e lembretes, mesmo que com desvios ortográficos.

    A pesquisa define que crianças nessa fase devem ser leitoras e escritoras iniciantes, mas com capacidade de interagir de forma mais autônoma, principalmente com os textos que circulam no contexto da vida cotidiana e nas práticas literárias.

    O ministro da educação reiterou, durante o evento, que a alfabetização é uma das prioridades do governo federal, e que lançará um “pacto nacional pela alfabetização” em breve. Santana afirmou que vai tratar do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).