Maior preocupação agora é localizar e resgatar vítimas, diz governador do Rio
Cláudio Castro considerou que é difícil estimar valores para reconstrução de Petrópolis no momento
O governador fluminense, Cláudio Castro (PL) afirmou em entrevista à CNN nesta sexta-feira (18) que a maior preocupação das autoridades é a de realizar as buscas e o resgate das vítimas da tragédia em Petrópolis.
Somente após essa etapa serão feitos os cálculos relacionados aos valores necessários à reconstrução da cidade. “Neste momento ainda há muita coisa para ser limpa, muito escombro para tirar, é difícil neste momento quantificarmos”, disse o governador. Castro admitiu ainda que ainda há áreas que podem desabar nos próximos dias.
Castro ressaltou que as chuvas, que destruíram grande parte de Petrópolis e causaram a morte de ao menos 130 pessoas, eram impossíveis de serem previstas e que este não é o momento de apontar culpados. “Foi a maior chuva desde 1931, é algo histórico”, afirmou.
O governador admitiu a possibilidade de autorizar o uso de força policial para retirar moradores de residências situadas em áreas de risco. De acordo com Castro, caso a prefeitura de Petrópolis peça o reforço policial, ele será autorizado.
“Sabemos que há muita gente que não tem a menor condição de estar ali, tem a questão do medo e da insegurança de perder suas coisas e por isso não querem sair. Tanto a prefeitura quanto o estado estão preparados para receber essas pessoas. Não há necessidade nenhuma de ficar em local de alto risco”, reforçou.
O governador ainda reforçou que “toda ajuda é bem-vinda”, inclusive de outros estados. “Vai chegar uma hora em que vamos precisar fazer rodízio de pessoas, então precisamos de toda ajuda sim”, alertou.
Castro reconheceu a urgência de obras relacionadas à contenção de encostas e habitações populares, mas afirmou que “a urgência é posterior ao momento de salvamento”. O governador preferiu não fazer previsões sobre o tempo que levará para a reconstrução da cidade.
Em solidariedade com os familiares das vítimas, afirmou que “não dá para 50 anos depois morrer uma criança da mesma forma e a gente achar que está tudo certo”. “Isso é revoltante, nós também ficamos revoltados”, completou.
A entrevista foi realizada do 15º Grupamento do Corpo de Bombeiros, que está servindo como uma espécie de “QG” das autoridades públicas, que utilizam o local para fazer reuniões para orientar o trabalho das forças de segurança.