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    Mãe relata ameaças de adolescente antes de ataque a escola em SP

    Estudante recebeu vídeos ameaçadores e promessas de agressão pelo celular

    Matheus Meirellesda CNN , em São Paulo

    A mãe de um estudante da Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, informou à Polícia Civil que o filho, de 12 anos, recebeu ameaças do adolescente que cometeu um ataque na unidade de ensino na última segunda-feira (27) e assassinou uma professora.

    A professora de matemática Karina Barbosa, que trabalha em outra escola, prestou depoimento no 34º Distrito Policial na Vila Sonia, zona Oeste de São Paulo.

    Segundo ela, o filho recebeu mensagens de WhatsApp com ameaças de morte e vídeos nos quais o autor do atentado aparece atirando em objetos e faz referência ao ataque em colégio de Suzano, no interior paulista, em 13 de março de 2019.

    Ela flagrou as mensagens em uma conferência de rotina no aparelho do filho que, segundo ela, interpretou as ameaças como uma brincadeira.

    Ambos não estudavam na mesma sala, mas, segundo a mãe, o adolescente teve acesso ao número do filho por meio dos grupos de alunos no WhatsApp organizados pela escola.

    Relembre o caso

    Na manhã desta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos matou a facadas uma professora de 71 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. Ele feriu outras quatro pessoas durante o ataque no local.

    O agressor foi detido pela Polícia Militar e encaminhado à Fundação Casa. Durante o depoimento às autoridades, ele demonstrou frieza e falou na presença dos pais e advogado, admitindo ter cometido o atentado.

    O Ministério Público solicitou nesta terça-feira (28) a internação provisória e avaliação psiquiátrica do adolescente, além de avaliação de uma equipe da Fundação Casa.

    CNN teve acesso a um boletim de ocorrência registrado no dia 28 de fevereiro pela Escola Estadual José Roberto Pacheco, de Taboão da Serra, na Grande São Paulo, no 1º Distrito Policial da cidade.

    No documento, está escrito que o jovem estava “apresentando um comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

    “O aluno encaminhou mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp a alguns pais estão se sentindo acuados e amedrontados com tais mensagens e fotos”, complementa o boletim.

    A Secretaria de Educação do estado informou que, na época, as informações foram repassadas ao Conselho Tutelar e a Vara da Infância e da Juventude.

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