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    Mãe de Henry, Monique recebe alta de hospital e retorna para presídio de Niterói

    Professora fazia tratamento médico contra a Covid-19 desde 19 de abril

    Stéfano Salles, da CNN, no Rio de Janeiro

    Em tratamento contra a Covid-19 desde o dia 19 de abril, Monique Medeiros, mãe de Henry Borel de Medeiros, de quatro anos, encontrado morto no dia oito de março, teve alta do Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite de sexta-feira (30). Agora, ela ficará novamente em isolamento, que pode chegar a 14 dias. 

    A informação foi confirmada pela secretaria estadual de Administração Peniteniciária (Seap) à CNN neste sábado (1º). Com Isso, ela retorna para a unidade onde cumpria a prisão temporária, o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana.

    Monique descobriu estar com Covid-19 na unidade prisional de Niterói, onde chegou no dia oito de abril, ao fazer um teste de PCR. Essa é a data na qual ela e o namorado, o vereador Dr. Jairinho (sem partido), foram presos temporariamente.

    O casal é investigado pela morte de Henry, em apuração que aponta para homicídio duplamente qualificado, por emprego de tortura e sem oferecer chance de defesa. Monique e Jairinho negam as acusações.

    Já presa, Monique foi levada no dia 21 ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste do Rio, para fazer exames que não poderiam ser realizados no hospital prisional.

    Enquanto isso, Jairinho concluiu o isolamento a que são submetidos os presos recém-chegados ao sistema prisional, imposto por causa da Covid-19, e desde a última quinta-feira (29) já divide espaços com outros internos.
    Nesta sexta-feira, Jairinho foi indiciado pela Polícia Civil em outra investigação. A que apura que o médico teria agredido e torturado a filha de uma ex-namorada, com agressões que teriam ocorrido entre 2010 e 2013.

    O inquérito foi finalizado pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAC). Titular da unidade, o delegado Adriano França pediu a prisão preventiva do vereador.

    Dimensão política do caso

    Nesta segunda-feira (3), a Comissão de Justiça e Redação da Câmara do Rio se manifestará sobre a legalidade e as adequações regimentais da representação feita pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da casa, que pede a cassação do mandato do vereador Jairinho. Esse é o segundo passo após o pedido ter sido apresentado na última terça-feira (27).

    O primeiro ocorreu logo no dia seguinte, quando a Mesa Diretora deu aval para tramitação do pedido. Apesar de estar preso, Jairinho ainda é vereador no exercício do mandato, com gabinete aberto e funcionários em atividade. Isso acontece porque o regimento interno da câmara só prevê que o parlamentar seja afastado após o 30º dia de ausência das atividades legislativas.

    No entanto, mesmo com o mandato em curso, Jairinho já sofreu derrotas na casa. Desde a prisão, o pagamento de seu salário está suspenso e ele está afastado dos colegiados dos quais fazia parte. Foi suspenso do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e desligado da Comissão de Justiça e Redação (CJR), da qual era presidente.

    Jairinho foi afastado também da Comissão de Representação que discute o novo Plano Diretor do município, que valerá para os próximos dez anos.

    Caso a Comissão de Justiça e Redação dê aval à continuidade da tramitação do processo, ele volta ao Conselho de Ética, que sorteará então um relator para o caso.

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