Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Liberação de máscaras em São Paulo não tem cunho político, afirma Comitê Científico

    Estado desobrigou o uso de máscaras em locais fechados na quinta-feira (17)

    Felipe RomeroLudmila Candalda CNN , São Paulo

    O coordenador do Comitê Científico do estado de São Paulo, João Gabbardo, afirmou em entrevista à CNN que a desobrigação do uso de máscaras no estado atendeu apenas a critérios técnicos, sem influência política por parte do governador João Dória. “Seguimos os mesmos indicadores adotados durante toda a pandemia: número e evolução de casos, ocupação de leitos e, mais recentemente, o índice de vacinação.”

    O uso das máscaras deixou de ser obrigatório em locais fechados na quinta-feira (17), com exceção de unidades de saúde e transporte coletivo, pouco tempo antes de Dória deixar o governo estadual para concorrer às Eleições de 2022. Candidatos com cargos no executivo devem deixar os postos até o dia 2 de abril, segundo calendário eleitoral.

    “Se dependesse do governador, já teríamos liberado o uso da máscara muito antes. Conversamos sobre isso em outubro, mas o número de imunizados ainda não nos permitia tomar essa medida”, garantiu Gabbardo. “No começo do ano a Ômicron teve um impacto grande em vários países e deixou claro que estávamos corretos de ainda não desobrigar o uso da máscara”, completou.

    Ainda assim, o Comitê está atento a novas variantes e explosão de novos casos em países como China e Alemanha: “se novas variantes causarem a piora desses indicadores podemos fazer novas recomendações, mas não acreditamos que isso venha a acontecer”.

    “Corremos com a imunização desde o começo para voltar o mais rápido possível a essa sensação de normalidade, desobrigar o uso de máscara tem esse significado”, explicou, citando a aplicação de ao menos uma dose para 99% das pessoas com mais de 12 anos.

    A decisão estadual pode ou não ser adotada pelos municípios, de acordo com indicadores e regras estabelecidos por cada um. Na capital, a máscara continuará obrigatória em táxis e transporte por aplicativos. “A autoridade municipal tem a prerrogativa de estabelecer regras que sejam mais rígidas e quando regulamentar deixar claro em que situações a mascara pode ser obrigatória.” O coordenador explicou que empresas e edifícios não podem obrigar o uso da máscara em seus ambientes caso o município não especifique essa proibição.

     

    Doenças Respiratórias

    Apesar da desobrigação do uso, Gabbardo explica que com a chegada do outono aumentam os casos de infecções respiratórias e o uso de máscaras será parte da rotina: “doenças respiratórias sempre trouxeram óbitos, infecções, elas estão aí e vao continuar existindo – o uso da mascara em determinadas situações significa diminuir o risco, e vamos incentivar isso.”

    “Muito mais do que o ambiente, precisamos olhar quem são as pessoas que estão nesse ambiente, imunossuprimidos, bem como todos que apresentarem sintomas devem continuar usando máscara”, concluiu.

     

     

     

     

     

     

     

     

     

    Tópicos