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    ‘Lava Jato deixa legado indiscutível de combate à corrupção’, diz ANPR

    Estrutura da operação, que deixa de existir no Paraná, precisa ser incorporada ao Gaeco, alerta o presidente da associação, Fábio Nóbrega

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    A mudança da equipe da Operação Lava Jato no Paraná para o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Federal (MPF) não deve trazer prejuízos ao combate à corrupção, desde que alguns critérios sejam mantidos. A avaliação é do presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz Nóbrega, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (3).

    “Não importa se há uma mudança de força-tarefa para Gaeco, ambos são modelos de sucesso. Mas há duas características fundamentais que permitiram o funcionamento da Lava Jato com sua abrangência e terão de estar presentes para que, no Gaeco, tenha o mesmo resultado: manter a exclusividade de membros do Ministério Público que atuam apenas nesse caso e uma estrutura adequada para que essa ação possa ter continuidade”, avalia.

    Nóbrega vê como positivo o saldo da Lava Jato no Paraná. “Temos um legado indiscutível de combater a corrupção também para a elite política e econômica desse país: contratos superfaturados, financiamento ilegal de campanhas eleitorais, corrupção praticada para agentes públicos, tudo isso veio à tona. Só na Lava Jato Curitiba, mais de 500 denunciados, mais de 170 condenados e um valor de recuperação aos cofres públicos superior a R$ 4 bilhões. Esse é o legado”, afirmou Nóbrega.

    Possíveis excessos cometidos devem ser relevados, afirmou o presidente da associação. “Todas as ações de grande complexidade como essa podem resultar em algum equívoco ou ilegalidade; a Justiça está aí para corrigir. A par de eventuais irregularidades, temos que reconhecer que quase todo o sistema de Justiça analisou provas e reconheceu a legalidade dessa atuação”, defendeu.

    (Publicado por Daniel Fernandes)