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    Justiça tem prazo de 48 horas para separar filhos de Flordelis

    No momento, todos os filhos investigados do casal e os outros suspeitos da morte do pastor Anderson estão divididos em apenas duas unidades penitenciária

    Lucas Janone e Thayana Araújo, da CNN, no Rio

    Um dos filhos da deputada Flordelis (PSD-RJ), Flávio dos Santos, será transferido para a prisão de segurança máxima Bangu I nas próximas 48 horas, a contar a partir desta sexta-feira (4).

    A decisão da juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, na quinta-feira (3), determina a separação de todos os presos investigados na morte do Pastor Anderson do Carmo, morto a tiros em junho de 2019. 

    No momento, todos os filhos investigados do casal e os outros suspeitos de participação na morte do pastor Anderson estão divididos em apenas duas unidades penitenciarias (uma feminina e outra masculina), conforme documento do Tribunal de Justiça (TJ- RJ).

    A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) já foi notificada sobre as transferências. 

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    O pedido de separação partiu da defesa da família do pastor Anderson do Carmo. Os advogados alegam que já houve “tentativas de manipulação de provas, combinações de narrativas e dissimulações” durante as investigações e a determinação busca evitar uma possível interferência nos trabalhos da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro.

    A denúncia do MP indica que o policial militar reformado Marcos Siqueira da Costa, suspeito de 29 homicídios no RJ e cujo nome está envolvido na morte do pastor, tentou enganar os investigadores.

    Ele teria se utilizado do fato de todos estarem na mesma penitenciária para coagir Lucas César, filho de Flordelis e responsável pelos disparos que mataram Anderson do Carmo, a redigir uma carta livrando a deputada federal de qualquer envolvimento com o crime. 

    A elaboração da carta teve a participação de Flávio dos Santos. O documento fraudulento responsabilizava de forma errônea Wagner Pimenta, Misael e Alexsander Felipe Mendes, conforme denúncia do Ministério Público.

    A deputada Flordelis é apontada como o cérebro da organização criminosa que mandou matar Anderson do Carmo, na época seu marido, com 30 tiros em junho de 2019.

    A investigação apurou que sete filhos do casal também participaram da ação. De acordo com a Polícia Civil, se divorciar de Anderson “não era uma opção” para Flordelis.