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    Justiça do DF condena envolvidos em caso de bomba em aeroporto de Brasília

    "George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego dos Santos Rodrigues à pena de cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado", informou TJDFT

    Laura SlobodeicovLéo Lopesda CNN , em São Paulo

    A Justiça do Distrito Federal (DF) condenou, nesta quinta-feira (11), dois dos envolvidos no caso da tentativa de atentado a bomba em um caminhão de combustível próximo ao Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.

    “George Washington de Oliveira Sousa foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão e Alan Diego dos Santos Rodrigues à pena de cinco anos e quatro meses, ambos em regime inicial fechado”, informou em comunicado o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

    O juiz da 8ª Vara Criminal de Brasília condenou a dupla por “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro” pela colocação de explosivos no caminhão-tanque e pelo crime de “causar incêndio em combustível ou inflamável”.

    George Washington, preso em flagrante em dezembro, também foi condenado por “porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo ou incendiário”.

    Eles responderam ao processo presos e não poderão recorrer em liberdade. “As circunstâncias dos fatos indicam periculosidade concreta, presente, ainda, a necessidade de preservar a ordem pública, mantenho a prisão preventiva de ambos os acusados”, escreveu o juiz na decisão.

    Existem ainda outros dois envolvidos no caso: Wellington Macedo de Souza e outro indivíduo não identificado. Foram eles quem colocaram a bomba no eixo traseiro do caminhão-tanque estacionado no aeroporto. O processo em relação a Wellington foi desmembrado.

    O plano de atentado

    O Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) apontou que George Washington, Alan Diego e Wellington se encontraram durante as manifestações que contestavam o resultado das eleições de 2022, em frente ao quartel do Exército em Brasília, onde decidiram “se unir para praticar delitos”.

    “O objetivo dos denunciados, segundo o MPDFT, era cometer infrações penais que pudessem causar comoção social a fim de que houvesse intervenção militar e decretação de Estado de Sítio”, informou o TJDFT.

    No dia 12 de novembro do ano passado, George transportou em um carro, de sua cidade natal no Pará até Brasília, diversas armas de fogo, acessórios e munições com propósito de distribuir armamentos a manifestantes, além de dinamites.

    Apoiadores de Jair Bolsonaro mostram faixas de teor golpista em acampamento que ficava em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília, em imagem de 12 de dezembro de 2022 / EDUARDO RODRIGUES/AGÊNCIA PIXEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    O plano de atentado a bomba em local público foi elaborado entre George, Alan, Wellington e outros manifestantes no dia 23 de dezembro de 2022.

    “Em seguida, em comunhão de esforços, George montou e entregou o artefato explosivo a Alan, que, por sua vez, repassou-o a Wellington para o cumprimento da ação delitiva. Assim, este último e outro indivíduo não identificado, deslocaram-se até o Aeroporto de Brasília e colocaram a bomba no eixo traseiro de um caminhão-tanque que estava estacionado aguardando o momento de se aproximar da base aérea para ser desabastecido”, afirmou o TJDFT.

    “O caminhão estava carregado de querosene de aviação e tinha capacidade para 60 mil litros. Antes, porém, que a bomba pudesse explodir, o motorista do caminhão-tanque percebeu a presença do artefato explosivo, retirou-o de perto do veículo e acionou a polícia”, concluiu.

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